Curitiba - Fora do G-4 da Série B pela primeira vez desde a distante terceira rodada, o Paraná terá dez dias de trabalho antes de buscar a recuperação dentro de casa, contra o Náutico, um dos líderes da competição. Tempo que Marcelo Oliveira pretende utilizar para resolver os problemas internos e a visível apatia dos atletas após a retomada do campeonato. Se antes do recesso durante a Copa do Mundo o Tricolor ostentava aproveitamento de 71,43% dos pontos - conquistou 15 dos 21 que disputou -, após o Mundial esta marca caiu para 11,11%, com um empate e duas derrotas em três jogos.
A queda de rendimento foi confirmada na terça-feira, na derrota por 3 a 0 para o Brasiliense, e os próprios jogadores paranistas admitem viver momento conturbado dentro e fora dos gramados. ''Os problemas fora de campo afetam, mas nós somos homens. Está difícil, eu não sei explicar. Vamos ver se com este período de treinos a gente se acerta'', ressalta o goleiro Juninho, autor do único gol do time, em cobrança de pênalti, desde o recomeço da competição.
''Estamos fazendo tudo que podemos. Mas depois da parada parece que o time perdeu concentração. Estamos levando gols que não levávamos, precisamos corrigir isso'', admite Oliveira, que relaciona a queda de rendimento dos jogadores com os atrasos no pagamento dos salários. ''Percebo a mudança de comportamento do grupo. Em um campeonato equilibrado como esse a gente precisava estar mais firme, como nas sete primeiras rodadas. Não gostaria de entrar nesse assunto e não se pode mudar ou cancelar treinamento por causa (de atrasos) de pagamento. Mas tem gente séria e esforçada tentando resolver isso. Os jogadores têm os problemas dele e isso pode atrapalhar um pouco sim'', complementa.
Oliveira pretende aproveitar os próximos dias para corrigir posicionamento e encontrar o substituto para o zagueiro Alessandro Lopes, que cumprirá suspensão diante do Timbu. Luís Henrique, que se contundiu no jogo em Taguatinga, também é dúvida.