Após título nacional, time de Ponta Grossa quer voltar para a elite do Paranaense no ano que vem
Após título nacional, time de Ponta Grossa quer voltar para a elite do Paranaense no ano que vem | Foto: João Vitor Rezende/RBM Assessoria



O Operário ainda comemora o título mais importante da sua história centenária, mas já vislumbra uma possibilidade de crescimento em nível estadual e nacional com a vaga na Série C do Brasileiro em 2018. No domingo (10), no estádio Germano Krüger, o time de Ponta Grossa garantiu a conquista da Série D, o seu primeiro título brasileiro. Mesmo perdendo para o Globo (RN) por 1 a 0, o Fantasma ficou com a taça, já que havia goleado na primeira partida por 5 a 0.

"Muda tudo agora. Temos um calendário e podemos planejar o Operário por pelo menos dois anos", projetou José Álvaro Góes Filho, presidente do grupo gestor que comanda o departamento de futebol do Operário desde 2015, ano em que o alvinegro ganhou o seu primeiro e único título estadual.

O clube tem duas administrações separadas. Uma da parte social e outra do futebol. O grupo que comanda o time é formado por empresários da cidade e tem planos audaciosos pra o Fantasma. "O nosso planejamento é em 2018 voltar para a primeira divisão do Paranaense e garantir uma vaga na Série B para 2019", apontou o dirigente.

Apesar do título do Brasileiro, o ano não foi perfeito para o Operário em razão do clube não ter conseguido a vaga na elite do Estadual. Após uma grande campanha no primeiro turno, onde não perdeu nenhuma partida, a equipe viu a competição parar por questões jurídicas e depois não conseguiu manter o mesmo desempenho.

"A nossa meta era conseguir os dois acessos. Mas, no fim a nossa não subida no Paranaense acabou nos ajudando no Brasileiro. Tínhamos muitos jogos em datas próximas e não conseguiríamos usar o mesmo elenco nos dois campeonatos, até em razão dos prazos de inscrição", afirmou Góes.

O gestor lembrou que após o fracasso na Divisão de Acesso houve uma cobrança muito forte da torcida e isso acabou sendo um divisor de águas no elenco. "O grupo se fechou ainda mais a partir daquele momento e ali começou a arrancada na Série D".

O Operário será o quinto clube paranaense a ter uma vaga assegurada em uma competição nacional – hoje Atlético e Coritiba jogam a Série A e Londrina e Paraná, a B. Para José Álvaro Góes, isso é muito importante para o futebol estadual, que ganha mais projeção nacional. "Acredito que o Paraná tem condições de ter mais clubes nas Séries B e C, mas infelizmente os clubes do interior continuam sendo muito prejudicados e recebem pouco apoio da Federação", criticou.

Para se manter em evidência no cenário nacional, o Operário quer se estruturar também fora de campo. De acordo com o gestor, o clube conseguiu regularizar toda a documentação e obteve a aprovação de um projeto através da Lei de Incentivo ao Esporte para a construção de um Centro de Treinamento.

"Estávamos trabalhando há três anos nisso e agora vamos ao mercado para captar R$ 2,5 milhões para termos o CT até 2019. Já há um compromisso do poder público municipal para a cessão de um terreno", revelou. "A partir de agora muitas portas estão se abrindo, inclusive, com possibilidades de parcerias com grandes clubes".