A Federação Paranaense de Futebol (FPF) remarcou para a Quarta-feira de Cinzas, dia 1º de março, o Atletiba, que foi cancelado no domingo (19) após impasse entre os clubes e a entidade por conta da transmissão da partida pelo Youtube. A informação foi divulgada no final da tarde de segunda-feira (20) pela FPF, que também publicou no site oficial a súmula do Atletiba, reforçando a versão que o cancelamento do jogo aconteceu por causa da presença de profissionais da imprensa não credenciados no gramado.
De acordo com o documento, assinado pelo árbitro da partida, Paulo Roberto Alves Júnior, representantes da FPF, o policiamento e o quarto árbitro, Rafael Traci, solicitaram a retirada das pessoas não credenciadas, no entanto, dirigentes do Atlético Paranaense e do Coritiba entraram no campo cobrando o pontapé inicial. Segundo a súmula, eles foram orientados que a partida seria iniciada somente após a saída dos profissionais sem autorização para a transmissão. Além disso, o árbitro citou a intervenção de Paulo Autuori, técnico atleticano. "Neste momento, o Sr. Paulo Autuori saiu do seu banco de reservas e foi em direção a equipe não credenciada dizendo: 'ninguém sai desse local.' Frase ouvida e repassada pelo 4º árbitro, Rafael Traci", acrescenta a súmula.
Em entrevista à FOLHA, o advogado Osvaldo Sestário Filho, especializado em Direito Esportivo, analisou que sem W.O - abandono de campo das equipes - no documento, a possibilidade de punição com perdas de pontos foi praticamente descartada. Além disso, a própria FPF já reagendou o Atletiba.
Ele ainda explicou que a denúncia contra os clubes deve se limitar ao problema no credenciamento. "O artigo 191 prevê multa por descumprimento de regulamento. O valor pode variar de R$ 100 a R$ 100 mil", apontou. O advogado também comentou que os citados na súmula, dirigentes e o técnico Autuori, podem ser denunciados com direito a defesa, o que pode evitar a punição.