Gabriel começou por recomendação da professora e já apresenta um bom desenvolvimento no raciocínio
Gabriel começou por recomendação da professora e já apresenta um bom desenvolvimento no raciocínio | Foto: Anderson Coelho



Incentivado como prática esportiva e também para o desenvolvimento intelectual e motor em muitos países, o xadrez ainda é renegado nas políticas públicas do Brasil e fica restrito a alguns colégios e universidades.
Com o objetivo de preencher uma lacuna em Londrina para desenvolvimento, estudo e a prática do xadrez foi criado há dois meses o IPX (Instituto Palhano de Xadrez), que chega para ser uma opção aos amantes da modalidade. Desde o encerramento das atividades do Clube Londrinense de Xadrez a cidade não tem um local próprio para se jogar e aprender o esporte.
"Este espaço foi pensado para a formação de jogadores de alto nível e também para o desenvolvimento intelectual e motor das pessoas para as suas atividades no dia a dia", afirmou o professor e um dos fundadores do IPX, Tiago de Almeida. O Instituto serve como escola, clube e espaço para atividades culturais. "Temos mesas de qualidade, equipamentos, livros específicos e professores capacitados a disposição da comunidade".
O IPX tem como meta massificar a prática esportiva no município com a realização de competições abertas a comunidade e também a inclusão da modalidade nas escolas da rede pública. "Infelizmente, nós tivemos vários espaços fechados ao longo dos anos. Eram iniciativas que dependiam totalmente do poder público e quando faltou recursos, não conseguiram continuar. Queremos mostrar que é possível partir da iniciativa privada e ser um exemplo", apontou o enxadrista e um dos fundadores do IPX, Carlos Eduardo Correia Lima.
Reconhecidamente o xadrez ajuda no desenvolvimento da leitura, em matérias como matemática, lógica e cálculo, além de auxiliar na saúde do cérebro. Em razão disso, diversos estudantes do ensino médio, universitários e também profissionais liberais têm frequentado o instituto para a prática da modalidade e para um melhor desempenho dentro da sua rotina de vida.
"Não tínhamos um lugar para o estudo e nem a prática. Até mesmo o xadrez universitário no Paraná tem esta dificuldade. Na UEL, por exemplo, não temos espaço", frisou o estudante de História, 32 anos.
Integrante da equipe de xadrez da UEL, terceira colocada nos Jogos Universitários do Paraná, realizados em julho, Ian Britto, acredita que este novo espaço vai ser importante para o surgimento de novos talentos na modalidade. "Jogo desde 2008 e representei Londrina em várias competições. Muitos dos meus colegas pararam por falta de oportunidades e estrutura para jogar. Acredito que um espaço como este vai ajudar e muito".