Barranquilla - Investigado pela Polícia Federal, o presidente do COB, Carlos Arthur Nuzman, não pode deixar o Brasil, já que teve seu passaporte retido pelas autoridades. Outro alto dirigente esportivo do País, no entanto, já ditou essa tendência e não viaja ao exterior há algum tempo. Trata-se do comandante da CBF, Marco Polo Del Nero.

Também investigado por irregularidades, mas pelo FBI, ele não sai do Brasil desde maio de 2015, quando estourou o escândalo de corrupção na Fifa e Marco Polo viu todos os outros envolvidos serem detidos. Desde então, deixou de acompanhar a seleção brasileira em 20 partidas neste período.

O duelo entre Brasil e Colômbia na terça-feira (5) foi o último da lista de dezenas de partidas ignoradas por Del Nero, principalmente por conta do risco de ser detido fora das fronteiras brasileiras - onde ainda é protegido, visto que o País não tem cooperado diretamente com a polícia americana.

Nos jogos no Brasil, Del Nero se apresenta, ainda que discretamente. O mandatário do futebol nacional evita holofotes e não concede entrevistas para esclarecer sua situação. No último jogo, em Porto Alegre, ficou em um hotel alternativo e visitou o grupo de Tite entrando em portão por trás da concentração.

Oficialmente, o discurso da CBF é o mesmo desde maio de 2015. O presidente está muito ocupado com funções administrativas na sede do Rio de Janeiro e, por isso, não acompanha a equipe no exterior.

E o cenário deverá seguir para Del Nero até que as investigações em curso tenham uma definição. Internamente, a alta cúpula não acredita na presença do chefe na Copa do Mundo da Rússia, em 2018. Por ora, só o time de Tite estará lá.