Ficou mais difícil conquistar uma vaga na Série D do Campeonato Brasileiro do ano que vem. A CBF diminuiu de 40 para 32 o número de clubes na quarta divisão nacional e o Paraná terá apenas uma vaga em jogo no próximo Campeonato Paranaense. Assim, somente o melhor time do interior terá calendário no segundo semestre de 2013.
Com o novo formato da Série D, cada um dos 26 estados mais o Distrito Federal terá uma vaga. Juntam-se a eles os quatro rebaixados na Série C e um 32º time, cujo critério de classificação ainda será definido pela CBF.
"Não é tão ruim assim, tem que lutar para ser o melhor", avaliou Sérgio Malucelli, gestor do Londrina. Além do Tubarão, Arapongas, Cianorte e Operário despontam como os quatro clubes que brigarão pela vaga.
A confirmação foi feita ontem, durante o arbitral que definiu a fórmula de disputa do próximo Estadual. Ela será a mesma dos últimos dois anos, com apenas uma alteração. Tanto na decisão do título como do melhor do interior, caso haja empate após a realização dos dois jogos, o time de melhor campanha sagra-se campeão, acabando com a decisão por pênaltis. Chegam à decisão os vencedores de cada um dos dois turnos. Caso a mesma equipe vença os dois turnos ela já é declarada campeã.
"Acho a fórmula boa. Se você vai mal no primeiro turno, tem chances de se recuperar no segundo", avaliou Malucelli.
Já a parte financeira não teve definição. A rede de televisão que pretende transmitir o torneio ofereceu R$ 266 mil, mas os clubes pedem R$ 550 mil. "Acho que é muito pouco. É desvalorizar o campeonato", criticou Malucelli.

Reforços
Aos poucos, o Londrina vai se reforçando e apostando em nomes estrangeiros. O volante Mathías Cardaccio, que está no futebol grego, deve retornar ao Tubarão. Já o atacante Jeremías, que praticamente não jogou no Londrina no último Estadual, também pode voltar. Segundo Malucelli, a volta dele está condicionada ao não acerto com dois outros nomes que estão em negociação. Outro gringo que já está acertado é o volante/lateral esquerdo Hamilton Acuña, de 22 anos. Ele defendeu o Tolima no ano passado e estava no fatídico jogo da eliminação do Corinthians na pré-Libertadores de 2011, o último da carreira de Ronaldo. Ele pertence a Juan Figger, sócio de Malucelli na SM Sports. O meia Gilvan, ex-Grêmio Metropolitano, segue em recuperação de uma cirurgia e também está contratado.
Maluelli praticamente descartou a contratação de um jogador mais famoso. "Um de nome quer ir para um time de nome. Fora isso, o salário pesa muito. Há uma indefinição de patrocínios", argumentou, lembrando que não há garantias da permanência da Sercomtel em 2013 e que o BMG deve encerrar o contrato também. A Unimed renovou ontem o acordo.