São Paulo – Mais velozes e mais fortes. Assim serão os carros da Fórmula 1 na temporada 2017, que tem início no próximo fim de semana, na Austrália. E para acompanhar os robustos monopostos, os pilotos suaram a camisa nos últimos meses. Do jovem holandês Max Verstappen ao veterano finlandês Kimi Raikkonen, todos deram atenção especial à preparação física, uma consequência direta das mudanças no regulamento técnico que deixaram os carros mais pesados e maiores, e até cinco segundos mais rápidos do que os de 2016.

Bicampeão da F-1, o espanhol Fernando Alonso se concentrou na musculação e intensificou as pedaladas em sua bicicleta. Seu compatriota Carlos Sainz Junior optou pelos treinos de boxe e crossfit para aperfeiçoar força e agilidade. Já o alemão Sebastian Vettel, dono de quatro títulos, voltou a dar atenção ao badminton para melhorar o reflexo. O australiano Daniel Ricciardo, assim como quase todos os rivais, escolheu o treinamento funcional.

Único brasileiro do grid atual, Felipe Massa foi além e contratou um personal para acompanhá-lo 24 horas por dia ao longo das 20 etapas do ano. "Estou me exercitando e treinando mais do que nunca. E, como estou com 35 anos, preciso trabalhar ainda mais. É um grande desafio", diz o experiente piloto.

Toda essa preocupação não é por acaso. Os carros deste ano podem ser até 40 km/h mais velozes nas curvas. E a aceleração da gravidade poderá atingir até 5G em trechos ainda mais rápidos. Estas mudanças técnicas vão exigir mais do coração e dos músculos dos pilotos, principalmente do tronco e do pescoço.