A Fifa e a Secretaria Especial da Copa do Mundo no Paraná reconhecem os atrasos na obra da Arena da Baixada e temem que o estádio não fique pronto no prazo determinado para a realização de eventos testes para o mundial. A entidade internacional sugeriu que haja contratação de mais operários para finalizar a obra.
Na quarta-feira, o consultor de estádios da Fifa, Charles Botta, esteve em Curitiba e visitou as obras da Arena da Baixada. Ele sugeriu ao Atlético Paranaense que a quantidade de operários seja dobrada para que o estádio esteja pronto para os eventos testes até o final de fevereiro. Atualmente, trabalham na obra 1.084 funcionários.
Segundo o secretário da Copa no Paraná, Mário Celso Cunha, não se trata de uma imposição da Fifa frente ao atraso. "Cabe a diretoria do Atlético decidir se vai ou não aumentar o número de funcionários, porque isso pode mudar o cronograma e aumentar os custos da obra. Isso também foi sugerido pelo próprio Botta no Maracanã, para terminar o estádio", explicou.
O próprio secretário admitiu à FOLHA que há certa apreensão por causa do atraso na Arena da Baixada, que receberá quatro jogos na primeira fase do Mundial. "A nossa expectativa é que terminem a obra no prazo, mas há uma preocupação com este atraso, até por conta do tempo (condições climáticas) que não tem colaborado".
O estádio do Atlético Paranaense é o mais atrasado entre todas as arenas ainda em obras no Brasil. Segundo o clube, quase 90% dos trabalhos já foram concluídos. O Atlético-PR não quis se pronunciar sobre a declaração do consultor de estádios.