Quarenta anos após a sua inauguração, o Estádio do Café continua sustentando o posto de maior palco do futebol do interior do Paraná. Esquecido durante alguns anos pelas administrações municipais, a praça esportiva vai, aos poucos, ganhando os cuidados que merece justamente no momento em que o Londrina volta ao cenário nacional.
A história mostra que é impossível desassociar o estádio do clube. Afinal, o Café foi erguido justamente para que o LEC debutasse no Campeonato Brasileiro da primeira divisão. Seria ali, no alto do parque Ouro Verde, que o alviceleste viveria os seus maiores momentos de glória.
No livro "LEC 40 anos – Do Caçula Gigante ao Tubarão", o locutor esportivo J. Mateus, intitula o capítulo referente a inauguração do Café de "Um grande estádio para um grande time". "Já no início de 1976, o Londrina montou um grande time. Não foi campeão paranaense, mas encantou a cidade. Já era uma consequência do convite para disputar o Nacional", relembra.
O Londrina trouxe nomes conhecidos do futebol brasileiro como Lauro, Natal, Raimundo, Arenghi, Carlos Alberto Garcia e Paulo Rogério. Este grupo sedimentaria o time quarto colocado no Brasileiro do ano seguinte, o maior resultado da história azul e branca. "Além de ser uma exigência para jogar o Nacional, o Estádio do Café foi muito importante para o crescimento e reconhecimento do Londrina no Brasil".
Inaugurado com capacidade para 40 mil torcedores sentados e 60 mil, incluindo as áreas de circulação, o projeto original do Café previa o fechamento do anel da arquibancada, com cobertura na sua totalidade, que elevaria a capacidade para 100 mil pessoas. Um restaurante panorâmico também seria construído onde hoje existem os vestiários. O projeto original nunca mais saiu do papel.

Apesar de os primeiros trabalhos de terraplenagem terem começado em 1974, a construção do estádio só deslanchou mesmo a partir de maio de 1976

Um público superior a 50 mil pessoas prestigiou a inauguração diante do Flamengo, no domingo, dia 22 de agosto

O Programa Folha Cidadania é o desafio social da Folha de Londrina no combate ao analfabetismo funcional