Assim como aconteceu nas disputas anteriores, a eleição presidencial do Londrina mexe com os bastidores do clube. Porém, o desfecho final deve ser o mesmo dos pleitos de 2010 e 2013: a formação de uma chapa de consenso e um único candidato concorrendo.
A eleição está marcada para o dia 12 de novembro e o prazo para a inscrição das chapas se estende até 31 de outubro. Cada chapa é composta pelos candidatos a presidente e vice e mais 50 conselheiros. O novo dirigente irá comandar o clube no triênio 2017/2019.
Candidato natural à reeleição, Felipe Prochet aguarda um posicionamento da procuradoria jurídica da Câmara Municipal de Londrina para saber se há algum impedimento regimental em seguir no comando do clube em razão da sua eleição para vereador.
Claudio Canuto, presidente do Conselho de Representantes e primeiro presidente da era SM Sports, é outro nome forte, além de ser muito ligado ao gestor Sérgio Malucelli. Tudo se encaminha para uma chapa única encabeçada por Prochet e Canuto.
"Se não houver nenhum impedimento, saio como presidente, já que neste momento não me vejo em outro cargo. E não considero a hipótese de não ter o apoio do Malucelli, pelo que conversamos", afirmou Prochet. "Eu estou para ajudar o clube. Não me importo com a questão de ser presidente ou vice. Para mim não há problema", garantiu Canuto.
Nos corredores do VGD, uma ala de conselheiros ligada à torcida organizada não é favorável à indicação de Claudio Canuto para a diretoria executiva e não descarta, apesar de ter pouca força política no clube, lançar uma chapa independente.

Preferência
Sérgio Malucelli não acredita em um bate-chapa e entende que o momento não é para isso no clube. Mesmo não participando diretamente da eleição, o gestor deixou bem claro sua preferência em relação ao novo presidente. "Acho que o certo agora seria o Canuto como presidente e o Felipe ficando na presidência do Conselho. Até porque o Felipe agora terá que se dedicar bastante à política", frisou. "Mas, já deixei bem claro que são eles que decidem e acredito que o bom senso vai prevalecer".
Uma reunião na próxima semana vai colocar na mesma mesa Prochet, Canuto, Malucelli e mais alguns conselheiros, e do encontro a expectativa é que o martelo seja batido com a definição dos nomes que vão compor a chapa e a diretoria executiva.
Após a reforma estatutária em 2010, as eleições no Londrina passaram a ser proporcionais. Em caso de bate-chapa, mesmo o grupo perdedor ganha o direito de ocupar cadeiras no Conselho de Representantes, de acordo com a sua votação.
"Temos trabalhado por uma chapa única, sem divisões. Não vejo motivos para ter bate-chapa e acredito que o melhor caminho é manter a tranquilidade política que o clube tem vivido nos últimos anos", ressaltou Felipe Prochet. "Já deixei claro também que não é inteligente da nossa parte fazer uma chapa concorrente", apontou Claudio Canuto.