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| Foto: Ricardo Chicarelli



Trinta e sete anos depois de ter conquistado o título da Série B do Brasileiro, que na época era a Taça de Prata, o Tubarão volta a sentir o gosto de ser campeão de um torneio nacional. Com drama, como parece que o torcedor alviceleste já vem se acostumando, a equipe venceu o Atlético-MG nos pênaltis (4 a 2), nesta quarta-feira (4) no Estádio do Café, e levou a Copa Primeira Liga. No tempo normal, houve empate por 0 a 0.

A taça fez jus ao time que afinal de contas mais levou a sério a competição que a CBF não reconhece em seu calendário oficial porque surgiu em 2015 de uma iniciativa de 18 clubes da primeira e segunda divisões do Brasileirão. Azar o dela.

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Em uma campanha irrepreensível, o Tubarão venceu, um a um, Avaí, Figueirense, Paraná, Fluminense, Cruzeiro (também nos pênaltis) e, finalmente, o Galo. É bem verdade que, à exceção do alvinegro mineiro, que nesta quarta veio com o que tinha de melhor, com Victor, Robinho, Elias, Fred, Valdívia e companhia, os demais adversários atuaram com seus times mistos. Mas a torcida e a história não se lembrarão disso.

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"Esse título é merecido pelo trabalho que fizemos. Houve um comprometimento nosso com esse torneio e é importante mostrarmos no cenário nacional o trabalho que é feito aqui", valorizou o técnico Cláudio Tencati, tão contestado quanto vitorioso nesses seis anos à frente do Tubarão.

A decisão foi parelha, marcada pelo equilíbrio dos dois times. Foram poucos os lances mais agudos, que surgiram em sua maioria no primeiro tempo.

Como já acontecera na semifinal contra o Cruzeiro, o herói do título foi mais uma vez o goleiro César, que defendeu duas cobranças de pênaltis: de Clayton e Rafael Moura. Os quatro batedores do LEC acertaram o gol – Jumar, Edson Silva, Ayrton e Dirceu. Fábio Santos e Robinho marcaram para os mineiros. Diante do arquirrival do Galo, na semifinal, César havia defendido três cobranças.

Deu Liga!
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O goleiro preferiu dedicar a Deus a grande fase. "Sem Ele, não teria acontecido nada". O título da Primeira Liga, além da projeção nacional para o Tubarão, serve para acertar as contas com um passado já distante. No Brasileirão de 1977, o Londrina acabou sendo eliminado nas semifinais pelo próprio Atlético-MG.

Os mais de 17 mil torcedores que foram ao Café nesta quarta-feira saíram mais uma vez com a sensação de que vale a pena torcer pelo time da cidade. Há apenas três anos, o clube conquistava seu quarto título estadual. "É difícil ser campeão. Nós ganhamos o título estadual depois de 22 anos e só agora voltamos a conquistar outra competição. É difícil, então temos que valorizar muito essa título", pediu Tencati.

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| Foto: Ricardo Chicarelli



Emoção tamanho família

O Estádio do Café recebeu um bom público na noite de quarta-feira, com torcedores animados pela campanha invicta na Copa da Primeira Liga. A presença acima da média é sempre esperada quando o Tubarão encara um dos grandes do futebol brasileiro. O auxiliar administrativo Henrique Yuri levou os irmãos mais novos e os pais para acompanhar a decisão. Segundo ele, as últimas apresentações do alviceleste no torneio nacional deixaram a família na expectativa pelo inédito título.

Auxiliar administrativo Henrique Yuri fez questão de ir ao Café com os pais e demais familiares
Auxiliar administrativo Henrique Yuri fez questão de ir ao Café com os pais e demais familiares | Foto: Rafael Fantin



"Normalmente eu venho com amigos, mas hoje (quarta-feira) todo mundo queria vir ao Estádio do Café. Se a equipe estivesse brigando pelo G4, acho que teria mais torcedores na Série B também", opinou o torcedor, que lembrou do jogo entre Paraná Clube e Internacional, quando os paranistas bateram o recorde da Arena da Baixada na última terça-feira coma vitória por 1 a 0 que deixou o tricolor na vice-liderança da Série B.

Teve quem foi ao estádio aliar a torcida pelo Tubarão ao estudo. Foi o caso dos graduandos em Jornalismo Giovana Oliveira, Thalia Lorraine, Cristina Cardoso e Leonardo Pelisson. Alunos do quinto semestre do curso da Unopar, eles aproveitaram o apelo do jogo para produzir um jornal na disciplina de telejornalismo. Foi a primeira vez de Thalia e Cristina no Café. "A gente está trabalhando, mas está sendo uma experiência divertida conhecer o Café. (Rafael Fantin/Reportagem Local)


EM LONDRINA
Árbitro: Braulio da Silva Machado (SC)
Estádio: do Café
Público: 17.003 (15.735)
Renda: R$ 383.920

Londrina 0 (4)
César; Lucas Ramon, Dirceu, Edson Silva e Ayrton; Jumar, Jardel e Rômulo (Marcinho); Artur, Carlos Henrique (Safira) e Negueba. Técnico: Claudio Tencati

Atlético-MG 0 (2)
Victor; Alex Silva, Felipe Santana, Gabriel e Fábio Santos; Adilson, Elias, Cazares (Marlone) e Valdívia (Clayton); Robinho e Fred (Rafael Moura). Técnico: Oswaldo de Oliveira