Dorival Júnior completou 11 partidas à frente do tricolor e tem quase o mesmo desempenho em pontos do antecessor Rogério Ceni no Brasileiro
Dorival Júnior completou 11 partidas à frente do tricolor e tem quase o mesmo desempenho em pontos do antecessor Rogério Ceni no Brasileiro | Foto: Jales Valquer/Fotoarena/Estadão Conteúdo



São Paulo – O São Paulo quebrou o próprio recorde na zona de rebaixamento no Campeonato Brasileiro. Com o empate por 2 a 2 com a Ponte Preta no sábado, 9, no Morumbi, o tricolor continuou na 19ª colocação, com 11 rodadas entre os quatro últimos. O pior desempenho até então havia sido no nacional de 2013, com dez rodadas na zona de degola. O drama ainda está acompanhado de uma crise entre dois dos principais jogadores do elenco, o meia Cueva e o zagueiro Rodrigo Caio.

Rodrigo, na última quinta-feira, cobrou Cueva em entrevista coletiva. "Precisa querer se ajudar", disse. Quando o jogo contra a Ponte terminou, Cueva, que havia entrado aos 43 minutos do segundo tempo, esbravejou em direção ao zagueiro e correu sozinho para o vestiário. Depois, na zona mista do Morumbi, negou-se a dar entrevista e disparou uma direta ao companheiro de equipe. "Fala com o Rodrigo Caio."

Apesar do cenário, jogadores e comissão técnica tentam afastar qualquer hipótese de problema de relacionamento no grupo. Foi assim na entrevista coletiva de Dorival Júnior e na conversa de Hernanes com a imprensa. O atacante Marcos Guilherme reforçou a versão de que as dificuldades têm outra origem. "O problema está em campo mesmo. Temos de nos doar mais, temos de vencer. Mais uma vez estava nas nossas mãos e não conseguimos", disse o camisa 23, ao relembrar a derrota por 4 a 2 para o Palmeiras na rodada passada.

Para Marcos Guilherme, que completou sete partidas pelo São Paulo no jogo contra a Ponte, o único problema extracampo que tem atrapalhado os jogadores é o controle emocional. "É difícil até de falar, são situações que estão se repetindo há alguns jogos. Nosso psicológico está muito abalado. Tínhamos 2 a 0 e o jogo controlado. Não pode acontecer o empate."

Dorival Júnior completou 11 partidas à frente do tricolor e tem quase o mesmo desempenho em pontos do antecessor Rogério Ceni no Brasileiro. O atual treinador tem três vitórias, quatro empates e quatro derrotas, com 21 gols sofridos e 18 marcados. Com Ceni, o time teve seis derrotas, três vitórias e dois empates, com dez gols feitos e 11 contrários.