Rio - Bernardinho revelou ontem ainda não ter decidido se vai permanecer como treinador das duas equipes que comanda atualmente, mas sinalizou que a prioridade é a seleção brasileira masculina de vôlei, na qual está desde 1994 - trabalha também no Unilever, do Rio, que disputa a Superliga Feminina.
"Em princípio, a intenção é essa. Ainda vamos conversar um pouco sobre detalhes, mas vamos seguir", disse Bernardinho, dando prioridade para a seleção. "No momento, estou nos dois cargos. Estou cumprindo o compromisso que tenho (com o Unilever). Vamos conversar depois com calma, tomar a decisão que for melhor para o vôlei."
O presidente da Confederação Brasileira de Vôlei (CBV), Ary Graça, já afirmou que pretende manter Bernardinho e José Roberto Guimarães, técnico da seleção feminina, até a Olimpíada do Rio, em 2016. Mas avisou também que deseja que ambos sejam exclusivos da seleção.
Depois da medalha de prata conquistada na Olimpíada de Londres e com jogadores importantes se aposentando da seleção, Bernardinho acredita que este será seu momento mais crítico à frente da equipe. "Vai ser difícil substituir nomes como Giba, Serginho, Rodrigão, mas é da natureza do trabalho. Vamos ter de enfrentar essa situação: disputar os Jogos Olímpicos no Brasil com uma equipe bastante renovada", afirmou o técnico. "Talvez seja o momento mais difícil, portanto o mais desafiador, o que nos motiva a seguir." (Tiago Rogero/Agência Estado)