Rio de Janeiro - A marcação européia fez Kaká e Robinho, os astros da Seleção Brasileira na atualidade, aprenderem uma arma que está sendo decisiva nestas Eliminatórias: os chutes de fora da área. Se Kaká já havia mostrado contra o Equador, em outubro de 2007, a bomba que pode arriscar de longe, Robinho provou contra a Venezuela, ao marcar um golaço quase da intermediária, que esta foi a solução que também encontrou para se livrar dos marcadores.
''Na Europa os times jogam muito fechados, com jogadores próximos da área, o que dificulta muito a invasão. Por isso, o jeito é chutar de fora da área e treinamos muito isso por lá'', explicou Kaká. Em San Cristóbal, ele abriu o placar, logo aos 4 minutos, com uma pancada quase sem ângulo.
A surpresa mesmo foi o gol de Robinho. Como sempre foi conhecido como o ''Rei do Drible'', Robinho preocupava os jogadores quando se aproxima da área. Fora dela não dava medo nos rivais, pelo menos até domingo.
''Para fazer gol tem que chutar. Contra a Venezuela, eles estavam abertos e consegui aquela brecha. Peguei muito bem na bola. Não quer dizer que vou deixar de driblar, mas se abrir eu bato no gol mesmo'', disse o atacante do Manchester City.
Após uma desgastante viagem de volta da Venezuela, Dunga decidiu cancelar o treino que estava programado para a tarde de ontem, na Gávea, no Rio de Janeiro, para os jogadores reservas. Após a vitória sobre a Venezuela, a delegação demorou aproximadamente 15 horas para chegar ao Rio de Janeiro.
Suspenso, o atacante Adriano foi liberado pela comissão técnica da Seleção ontem e não ficará concentrado com a delegação para o confronto contra a Colômbia, amanhã, no Maracanã. Adriano recebeu seu terceiro cartão amarelo na goleada sobre a Venezuela - o atacante marcou um dos gols da vitória.