Heber Roberto Lopes não poupou críticas a Fifa por ter utilizado pela primeira vez a experiência do árbitro assistente de vídeo em uma competição tão importante e de tanta visibilidade quanto o Mundial de Clubes. "O teste poderia ter sido feito em um campeonato de categoria de base, como um sub-17, por exemplo. A responsabilidade em um mundial é muito grande", afirmou. Para o árbitro londrinense, outro erro da entidade foi ter utilizado o auxílio do vídeo em lances de interpretações, que são exclusivas do árbitro principal.

"Tem que ser utilizado quando há erro de posicionamento. Por exemplo, foi impedimento, não foi. A bola entrou, não entrou. Saiu ou não saiu", enumerou. "Ou se o árbitro marcou um pênalti e errou no posicionamento, pois a falta foi fora da área. Neste caso, cabe ao árbitro de vídeo informar que a infração deve ser marcada fora da área. Não podemos entrar no campo das interpretações, como aconteceu no Mundial e voltar atrás de uma decisão do árbitro dois ou três minutos depois", criticou.

No Mundial do Japão, no fim do ano passado, na partida entre Kashima Antlers 3 x 0 Nacional, da Colômbia, pela semifinal, o árbitro só marcou o pênalti para os japoneses dois minutos depois da jogada, após ver o replay do lance. O detalhe é que o jogador do Kashima que foi derrubado estava em posição de impedimento no início da jogada. (L.F.C.)