"Precisa de pessoas bem-humoradas nas empresas, que sorriem, cumprimentem e que sejam sensíveis em relação ao outro. Não dá mais para contratar gente mal-humorada", disse a palestrante Vania Ferrari.
"Precisa de pessoas bem-humoradas nas empresas, que sorriem, cumprimentem e que sejam sensíveis em relação ao outro. Não dá mais para contratar gente mal-humorada", disse a palestrante Vania Ferrari. | Foto: Divulgação



Rir das situações do "mundinho corporativo". Essa é a proposta da consultora e palestrante Vania Ferrari, que não perde a chance de fazer uma piada no trabalho. Mas vale deixar claro que não se trata de brincar em serviço, e sim, olhar de maneira mais alegre para temas empresariais.

Vania foi executiva em grandes corporações, como IBM, Vivo e GE, mas há três anos abriu seu próprio negócio. Com habilidade para desenvolver conteúdos para treinamentos e consultorias de diferentes áreas de uma empresa, ela foi ganhando espaço nos palcos das empresas.

Ela mantém um canal no YouTube e já lançou dois livros: "Manual de um Gerente a Beira de um Ataque de Nervos" e "Crônicas do Bizarro Mundinho Corporativo". Em Londrina, Vania vai usar deste bom humor para falar sobre protagonismo e atitude, abordando o comportamento dos profissionais do século 21.

"Estive no Vale do Silício no início de 2016, entrevistando brasileiros que trabalham em empresas como Google, Facebook, Netflix, Apple. E isso gerou meu segundo livro. O stand up que vou fazer é fruto dessas entrevistas, desse estudo", conta.

E a maior lição dessa vivência pode ser definida em uma frase: "o profissional do século 21 é bom bom". Vania explica que isso quer dizer que ele é bom tecnicamente e tem bom coração. "Quando eu me formei, as pessoas diziam que se eu tivesse um bom currículo eu teria sucesso na carreira. Hoje isso não é mais verdade. Não adianta você ter um ótimo currículo e deixar um rastro de sangue no caminho", diz.

Com muita bagagem, Vania afirma que as organizações precisam desenvolver climas organizacionais que permitam que as pessoas usufruam desse ambiente e também se dediquem a ele.

"Para fazer isso, eu preciso de pessoas bem-humoradas nas empresas, que sorriem, cumprimentem e que sejam sensíveis em relação ao outro. Não dá mais para contratar gente mal-humorada", salienta.

Nesse contexto a consultora destaca que ao departamento de desenvolvimento humano, cabe a missão de contratar bem. "É fazer um bom processo seletivo para evitar que pessoas com perfil psicopata cheguem à alta administração. Muitos líderes hoje têm traços importantes de psicopatia, pois o ambiente corporativo é muito propício a isso, já que a característica do psicopata é a falta de empatia. Por exemplo, eu não sinto o que você sente. Então, para alta gestão, o psicopata está conseguindo tirar o melhor do outro", comenta.

Outras atribuições são promover bem e dar empoderamento aos colaboradores, esclarecendo que os líderes devem permitir que as pessoas tomem decisões. "Hoje, está muito mais difícil ser líder do que jamais foi na história. Isso porque antigamente, você era um líder técnico e hoje, você é um líder que tem que dominar também as ferramentas que estão relacionadas ao desenvolvimento humano. Mas é o que sempre reforço: é possível trabalhar e ser feliz no mesmo lugar", finaliza. (M.O)