A profissão de estatístico foi regulamentada em 1968 pelo Decreto Federal 62.497, que considera estatístico somente aquele que possui diploma de curso superior nessa área. Por isso, o Conselho Regional de Estatística só aceita registrar profissionais graduados. "É muito comum vermos no mercado profissionais graduados em outras áreas atuando como estatístico. O Conre tem mantido uma postura de não ser rigoroso com isso, até por causa da falta de mão obra graduada", conta a conselheira Adriana Maria Marques Silva. A única atividade que acabou ficando restrita aos estatísticos registrados são as pesquisas (de opinião, de mercado, eleitoral).

Para a pesquisadora da Embrapa, Maria Cristina Neves de Oliveira, que é licenciada em Matemática, com mestrado e doutorado em Estatística aplicada à Agronomia, quem não faz a graduação na área precisa se dedicar muito mais. "Vai ter que estudar muito na hora de se especializar", afirma.

Segundo ela, o perfil de quem pode se dar bem na área passa obrigatoriamente pela aptidão para matemática e habilidades computacionais, uma vez que o trabalho do estatístico se baseia muito em softwares e bancos de dados. "Saber programar é garantia de sucesso para o estatístico, porque ele não vai depender apenas daquilo que já está pronto para executar seu trabalho", explica. (J.G.)