Imagem ilustrativa da imagem Por que participar das confraternizações da empresa
Em eventos sociais existe um ambiente mais solto, ideal para o estreitamento de relações entre pessoas que não são tão próximas no dia a dia
Imagem ilustrativa da imagem Por que participar das confraternizações da empresa


Ter as competências essenciais para desenvolver o trabalho é fundamental para o crescimento profissional de qualquer um. Mas cada vez mais o mercado de trabalho tem valorizado também a habilidade de se relacionar bem. Esta época do ano, em que a maioria dos empregadores promovem confraternizações entre os funcionários, é uma grande oportunidade de criar novos relacionamentos, assim como happy hours, festas de aniversário e outros eventos ao longo do ano. Especialistas garantem que isso tem grandes reflexos na carreira profissional.
Muita gente acha que as relações de trabalho devem se restringir ao ambiente de trabalho. Essas pessoas costumam não participar muito de eventos fora do expediente, ou participam porque se sentem obrigados, e perdem grandes oportunidades de se aproximar das pessoas e ter mais visibilidade no trabalho. Para o diretor de desenvolvimento de pessoas da Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH), Luiz Edmundo Rosa, é importante saber transformar esses eventos em oportunidade. "Não pode achar que é uma obrigação participar dessas festas, ou vira um martírio. É preciso olhar para essas ocasiões com espírito construtivo", sugere.
Ele próprio já se aproveitou de um evento corporativo para acelerar a aproximação com os colegas de trabalho. "Uma vez, eu comecei a trabalhar em uma empresa em dezembro e a festa de confraternização foi muito importante para a minha integração com os outros funcionários", conta Rosa.
A questão aqui diz respeito à socialização, ao envolvimento e ao relacionamento, fundamentais para abrir portas e fazer networking. No dia a dia, mesmo em empresas menores, é difícil conseguir se relacionar com todos os colegas de trabalho. "Nessas ocasiões, existe um ambiente mais solto, mais informal, ideal para estreitar relações com aquelas pessoas com quem não temos tanto contato", argumenta o consultor empresarial da Caput Consultoria, Wellington Moreira. Também é o momento ideal para mostrar outras habilidades. "Uma pessoa que sabe tocar violão pode levá-lo para tocar para os colegas. Não precisa ser um evento sério só porque envolve pessoas do trabalho", argumenta o consultor.
Em eventos assim, segundo ele, os limites das relações hierárquicas são diluídos, o que torna possível a aproximação também com o chefe. "Ter proximidade com o chefe facilita as coisas no trabalho. Não digo que o funcionário será promovido porque bebeu com o chefe, mas nós somos humanos e costumamos facilitar as coisas para os amigos", pondera o consultor. E isso não tem nada a ver com uma espécie de nepotismo. "Promoção se dá por confiança e confiança tem a ver não só com competência, mas com caráter. E a proximidade permite conhecer o caráter das pessoas", argumenta Moreira.

Tiro no pé
Por outro lado, essas ocasiões informais também representam um grande risco de manchar a própria imagem diante dos colegas de trabalho. "Na verdade, para a maioria das pessoas, a chance de se queimar é muito maior do que a de se beneficiar. Tem gente que bebe demais, se torna inconveniente, começa a achar que é amigão do chefe. Outro erro é levar a informalidade dessas ocasiões para o ambiente de trabalho", alerta o consultor.
Por isso, é preciso ter alguns cuidados para extrair o melhor dessas oportunidades. O erro mais comum, segundo Moreira, é ficar falando sobre trabalho. "Confraternizações não são reuniões de trabalho. Claro que se alguém puxar o assunto, não há muito o que se fazer, mas, se for possível, o melhor é evitar", orienta Moreira.

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