As redes sociais têm, sim, potencial para promover uma demissão e fechar portas para novas oportunidades. Mas, se utilizadas de forma inteligente, também podem ser ferramentas muito eficientes no desenvolvimento de uma carreira. Isso porque nunca foi tão fácil fazer networking e marketing pessoal quanto na era das redes sociais.

Além de agir passivamente, evitando manchas na imagem e procurando por vagas para as quais possa se candidatar, o profissional pode utilizar essas ferramentas para construir relações que podem ajudar no seu desenvolvimento. "Muita gente menospreza o networking virtual, mas não deveria. Mais da metade das vagas do mercado de trabalho são preenchidas antes mesmo de ser publicadas, através de indicações", conta o partner da SBCoaching, Rodrigo Collino.

Por isso, melhor do que esperar pelas vagas, segundo ele, é se tornar visível para empresas, recrutadores e outros profissionais que atuem na mesma área. O LinkedIn é o ambiente ideal para isso, já que, a princípio, todos estão ali interessados em fazer networking. A partir de uma rede de contatos bem construída, é a produção de conteúdo relevante que faz a diferença. "Meus posts, meus textos, minhas imagens devem me apresentar como um solucionador de problemas. Eu preciso mostrar um diferencial", orienta Collino.

O especialista, no entanto, faz um importante alerta em relação às conexões criadas no LinkedIn. "Quando você publica um conteúdo, ele não aparece para todos os seus contatos, apenas para cerca de 10% deles. Por isso, é preciso ter critérios na seleção das conexões, ou você terá diminuídas as chances de seu conteúdo aparecer para quem deveria. Vale, inclusive, excluir aquelas pessoas que não tem sentido estarem na sua rede", argumenta.

Mesmo que não tenham foco nos interesses profissionais, outras redes sociais também podem ser utilizadas para networking. "Vale a pena, às vezes, você postar no Facebook conteúdos relacionados à sua carreira. Não precisa falar só sobre o que você está comendo. Muitas vezes, os contatos que você tem no Facebook nem sabem em que área você trabalha e é importante que saibam", afirma a coordenadora de marketing da Randstad, Juliana Palermo. (J.G.)