A aplicação de técnicas, equipamentos, cosméticos utilizados em procedimentos estéticos envolvem riscos à saúde dos clientes. Segundo a presidente da Febrape, Sandra Bovo, mesmo os profissionais de outras categorias da área da saúde, que têm disputado uma fatia no mercado da estética, não tem os conhecimentos específicos para lidar com a estética. "Nossa formação tem uma grade extensa, que inclui disciplinas que outros cursos da saúde não têm. Muita gente não sabe o quanto nossa categoria evoluiu academicamente no Brasil", afirma.
Hoje, o Brasil possui renomadas instituições que oferecem cursos técnicos, tecnológicos, bacharelados e pós-graduações na área. Para quem investe na formação adequada, a regulamentação é uma grande conquista. "Até agora, a profissão de esteticista era muito insegura. A partir da regulamentação, o profissional formado vai ter certeza de que terá isso reconhecido num mercado em que muitos fazem apenas cursos livres", pondera a coordenadora do curso Estética e Cosmética da Unifil, Mylena Dornellas Costa.

Espera
A tecnóloga em estética e cosmética Adrielly Ferreira concluiu o curso em 2011 e, desde então, aguarda a regulamentação. "É muito triste você oferecer um serviço sem ter nenhum amparo, um regulamento que defina os direitos e deveres da profissão", afirma. Além de ter o reconhecimento do mercado, ela espera que a regulamentação traga também o reconhecimento por parte do cliente. "Com a regulamentação, vamos ter a divisão entre os profissionais que realmente se preocuparam em ter uma formação e aqueles que fizeram apenas cursos rápidos. Isso deve fazer com que os clientes passem a valorizar mais o nosso trabalho", pondera. (J.G.)