"Veterinários pensam que o mercado se resume a clínicas. Eu mesma não sabia que o inglês seria tão necessário no meu trabalho", disse Beatrice Morrone, contratada por dominar a língua inglesa
"Veterinários pensam que o mercado se resume a clínicas. Eu mesma não sabia que o inglês seria tão necessário no meu trabalho", disse Beatrice Morrone, contratada por dominar a língua inglesa | Foto: Roberto Custódio



Mais do que um diferencial no currículo, o domínio de um idioma estrangeiro tem sido determinante não só na contratação, mas remuneração de profissionais. Uma pesquisa divulgada em 2016 pela empresa de recrutamento Catho mostrou o peso que a fluência em um segundo idioma pode ter no salário do brasileiro. "Em cargos de coordenação, por exemplo, uma pessoa que fala inglês pode ganhar até 61% a mais do que um trabalhador que tem apenas conhecimento básico no idioma", conta o gerente de Marketing da Catho Educação, Fernando Gaiofatto.
Segundo ele, o estudo levou em consideração também o impacto do conhecimento de espanhol na remuneração dos profissionais. "No nível de coordenação, um trabalhador fluente no espanhol pode ganhar até 54% a mais do que outro que tem apenas o conhecimento básico", exemplifica.
Mas nem só de inglês e espanhol vive o mercado de trabalho. Segundo Gaiofatto, dependendo do setor de atuação da empresa, outros idiomas podem ser exigidos. "Em engenharia, por exemplo, saber falar alemão pode fazer uma grande diferença no currículo", afirma.

SUPERESTIMA

Segundo Gaiofatto, um dos principais erros dos profissionais na hora de especificar no currículo seus conhecimentos de um idioma é achar que tem um grau de conhecimento superior à realidade. "Por exemplo, uma pessoa coloca no currículo que tem inglês fluente, mas na hora da entrevista ou até mesmo num teste de nível aplicado pela própria empresa, percebe-se que o nível dele é intermediário", explica. (J.G.)