O leão ou a hiena?
O profissionalismo de qualquer pessoa está em xeque-mate quando, diante de um problema, ela diz: "Não tem jeito!"
Eu cresci ouvindo que "só não há jeito para a morte". Esta não é uma frase de para-choque de caminhão, mas um pensamento que expressa disposição para lutar. O sujeito que, de cara, conclui não ter solução para uma questão, enquadra-se em uma de quatro possíveis alternativas: preguiça, falta de interesse, incompetência ou as três combinadas.
Você se lembra do desenho animado "O Leão da Montanha" na tevê? Aquilo era uma verdadeira lição de comportamento em meio à rebeldia do rock and roll e da efervescência cultural da década de 1960.
Lippy, o leão, e Hardy, a hiena, viajam pelo mundo em busca de vida fácil, sucesso e fortuna. Lippy é um otimista nato. Acredita que tudo vai dar certo e que o vento sempre sopra a favor. Hardy é um pessimista que espera o fracasso e a tragédia. Ele diz o tempo todo: "Oh vida! Oh céus! Isso não vai dar certo!". Talvez ele sofra de depressão crônica. Seu nome, Hardy, significa ‘pesado’. E pesado é todo indivíduo negativo, que acha que nada tem jeito.
Sabe com qual dos dois eu fico? Com a sua licença, tomo a liberdade de dizer: nem Lippy e nem Hardy. Excesso de otimismo não é bom. E negativismo permanente é mau. Bom é ser realista com autoconfiança, fé em Deus e coragem para enfrentar os desafios – mesmo sem garantias de vencer.
Se você concorda com esta visão, esforce-se para convertê-la em prática. Eu comecei há muito tempo. Prossigo insistindo, ainda que não mereça nota 10 em desempenho.

Abraham Shapiro é consultor e coach de líderes em Londrina