TECNOLOGIA: BEM OU MAL?
Sei que você poderá protestar contra esta ideia ou até julgar-me antiquado, mas o que direi a seguir é resultado de um grande incômodo e de uma reflexão.
Por quanto tempo mais você acha que nós aguentaremos as novas tecnologias na velocidade em que são oferecidas? Outro iPhone. Aplicativos que produzem sensações físicas. Novo sistema disso e daquilo. Um site que promete fazer as pessoas mais felizes. Um Youtuber revolucionário que atrai milhões de adolescentes. Mais e mais modernidades.

Será que só há benefícios nisso?
Eu gosto de tecnologia e a emprego sistematicamente. Mas vejo indivíduos se perderem, casais se destruírem, crianças e adolescente completamente fora do mundo e da realidade por causa dela.
É preocupante considerar que a maioria astronômica dos pais não faz ideia alguma do que seus filhos veem, vivem e fazem ao celular, ao computador e em outros meios de acesso ao universo virtual.

Então cabe perguntar: "Qual será o resultado disso? Que tipo de seres humanos sairá daí?"
Há alguns dias, durante minha consultoria para herdeiros e sucessores a uma grande empresa, um jovem me revelou: "Eu estou perdido, professor! Não consigo mais viver a minha vida. Passo o dia e noite ao celular com os meus grupos. Não tenho vontade de ir à faculdade, de ler um livro, de comer ou ir à piscina." E concluiu dizendo: "Uma coisa que farei no futuro é não dar aos meus filhos a liberdade total que os meus pais me dão, porque sei o lixo que eu vi, vejo e o quanto isto me estragou".

Este moço teve consciência. Mas quantos de nós temos?
Como tudo na vida, tecnologia tem, sim, dois lados. Por isso a necessidade de discernimento no uso e em seu domínio – nunca o contrário.

Pense nisso. E comece a tomar uma atitude – ao menos consigo mesmo.

Abraham Shapiro é consultor e coach de líderes em Londrina