Todos estão de olhos abertos
Algumas gafes relacionadas ao trabalho dariam para encher um manual inteiro de comportamento sobre "o que fazer" e "o que evitar". Mas poucos se preocupam com isso. Os demais estão viciados em seu jeito de ser a tal ponto, que talvez já nem façam autoanálise.
Quantos chefes repreendem funcionários em público ou falam mal de um subordinado a outro? Isso deve ser evitado a todo custo. Aliás, dispensa comentários. Não temo afirmar que só chefes com problemas psicológicos se apegam a comportamentos com o fim de se autoafirmar sobre a parte mais fraca – que geralmente é o empregado.
Quanto a humilhar pessoas? Qualquer advertência requer calma, educação e ambiente privado, local onde se possa explicar qual atitude não condiz ao que se espera do advertido.
É igualmente inadequado criticar um colega para outro de seu grupo de trabalho. É possível que se tenha problema de relacionamento. Mas caso ocorra, há de ser tratado diretamente entre as partes, e com respeito.
E falando em atitude pública, vou aproveitar: cuidado com a superexposição nas mídias sociais. Qualquer funcionário tem a empresa como seu sobrenome, como: "José da Construtora X". Ao assumir posturas questionáveis nesses meios, você destaca a si próprio e em certo nível também a companhia em que trabalha. É jogar com a sorte. E mesmo que jogue, você não está ganhando na loteria toda semana, está?
Observe a quantas anda a sua consciência e trate de ampliar o seu autojulgamento sobre o que fala, como fala e, por fim, não ceda à tentação de apresentar-se de modo suspeito frente aos outros.
O mundo todo está de olho em você.

Abraham Shapiro é consultor e coach de líderes em Londrina