O tenente e o recruta
História que li numa revista norte-americana.
O tenente queria usar o telefone público, mas não tinha uma moeda de 25 centavos. Perguntou, então, a um recruta que esfregava o piso:
- Soldado, você pode trocar uma nota de um dólar por moedas?
- Com certeza, amizade – respondeu o recruta.
Encarando-o com reprovação, o tenente lhe diz:
- Isso são modos de se dirigir a um oficial? Vamos tentar de novo. Recruta, você pode trocar uma nota de um dólar por moedas?
E erguendo-se para a posição de sentido, o rapaz responde:
- Não, senhor!!!
A psicologia mostra que a baixa autoestima leva as pessoas a buscarem autoafirmação pela exaltação de seu ego e pela humilhação dos que estão a sua volta.
Aquele executivo que extrai prazer pessoal em cancelar compromissos trinta minutos antes do horário combinado é um patético exemplo disso e também do que não se deve fazer em qualquer nível de relacionamento.
Outro exemplo emblemático desta fraqueza de personalidade é o que se passa na anedota do tenente e o recruta. Até que o oficial não tivesse invocado sua autoridade e submetido o soldado à condição de inferior hierárquico, ele gozava o benefício da troca da nota por moedas. No entanto, o final surpreendente mostra que o recruta revê sua decisão e nega ao superior o que antes lhe era fácil realizar. Tudo ocorre em resposta à arrogância do chefe confirmando a Terceira Lei de Isaac Newton, conhecida como "Lei da Ação e Reação".
O orgulho e o excesso de rigor mudam o rumo das coisas para pior. Sempre.
A regra é simples. Faça as pessoas se sentirem importantes ao seu lado e em retorno elas o farão mais importante do que você jamais imaginou ser. O contrário é igualmente válido!

Abraham Shapiro é consultor e coach de líderes em Londrina