São Paulo - O volume de vendas do varejo brasileiro caiu 0,5% em agosto ante julho, após quatro meses seguidos de crescimento, informou nesta quarta-feira (11) o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). A receita nominal recuou 0,1%. Em relação a agosto de 2016, o volume de vendas avançou 3,6%, na quinta variação positiva consecutiva para essa comparação. De janeiro a agosto, o comércio soma alta de 0,7%, mas no acumulado em 12 meses permanece negativo (-1,6%).
Sete das oito atividades pesquisadas pelo IBGE apresentaram queda em agosto, na comparação com julho. O impacto maior foi sobre equipamentos e material para escritório, informática e comunicação, categoria que recuou 6,7% na comparação mensal. O setor de móveis e eletrodomésticos foi o único que cresceu no período, com avanço de 1,7%, mantendo ritmo de alta pelo quarto mês seguido. Na comparação com agosto de 2016, o segmento também apresenta a maior elevação, de 16,5%.
"O comportamento positivo do setor vem sendo influenciado pela redução da taxa média de juros no crédito às pessoas físicas e pela manutenção da massa de rendimento real circulante na economia", afirmou o IBGE em seu comunicado. As vendas de supermercados e produtos alimentícios caíram 0,3% em agosto ante julho. Os indicadores acumulados de janeiro a agosto de 2017 e em 12 meses também registram variação negativa, de -0,2% e -1,3%, respectivamente.
O varejo ampliado, que inclui a venda de veículos e materiais de construção, ficou praticamente estável em termos de volume (0,1%) frente a julho, enquanto a receita nominal teve variação de 0,4%. Em relação a agosto de 2016, cresceu 7,6% no volume de vendas e 5,1% em receita nominal. Os acumulados do volume de vendas foram de 1,9% no ano, mas de -1,6% nos últimos 12 meses, enquanto a receita nominal registrou taxas de 2,3% e 1,2%, respectivamente.

ESTADOS
No comércio varejista, 17 das 27 unidades da federação apresentaram variações negativas no volume de vendas, em relação ao mês imediatamente anterior. As maiores quedas foram no Amazonas (-3,2%) e em São Paulo (-1,7%). Por outro lado, Tocantins (5,5%); Rondônia (3,9%) e Roraima (2,6%) mostraram avanço nas vendas em agosto ante julho.