São Paulo - A venda de veículos novos no Brasil teve alta de 5,59% em julho ante junho, para 181.416 unidades, informou ontem a Federação Nacional de Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave). Na comparação com julho do ano passado, no entanto, houve queda de 20,29%. No acumulado dos sete primeiros meses do ano, o mercado apresenta retração de 24,68% sobre 2015, para 1.164.926 unidades.
O crescimento do mercado em relação a junho foi o terceiro consecutivo na comparação com o mês anterior. Com essa alta, a venda de veículos novos teve o seu maior volume mensal em 2016. Mas com a queda ante o resultado de julho do ano passado, obteve o menor desempenho para o mês desde 2006.
O segmento de automóveis, que ocupa a maior fatia do mercado, somou 146.590 unidades vendidas em julho, retração de 21,61% em comparação a igual mês de 2015, mas avanço de 5,03% ante o volume de junho. A venda de comerciais leves, por sua vez, atingiu 28.202 unidades no sétimo mês do ano, baixa de 12,95% sobre julho do ano passado, mas expansão de 5,04% em relação a junho.
Juntos, os dois segmentos somam 174.792 veículos, queda de 20,33% na variação anual, mas crescimento de 5,03% na comparação mensal. No acumulado de sete meses, eles registram 1.125.905 emplacamentos, baixa de 24,4% ante igual período de 2015.
Entre os caminhões, a venda chegou a 4.676 unidades em julho, retração de 28,23% em relação a igual mês do ano passado, mas avanço de 11,65% sobre o volume registrado em junho. No acumulado do ano, a queda é de 31,43%. No caso dos ônibus, foram 1.948 unidades vendidas em julho, alta de 14,72% em comparação com julho de 2015 e expansão de 62,60% em relação a junho. O recuo de janeiro a julho, no entanto, é de 33,69%.

REVISÕES
A Fenabrave revisou para baixo sua estimativa de vendas de veículos novos em 2016. Agora, a expectativa é de queda de 18,2% em relação a 2015, para 2.009.889 unidades. A projeção anterior apontava um recuo de 9,8%. No ano passado, as vendas alcançaram 2.569.014 de unidades, incluindo automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus.
Com a alteração da previsão, a Fenabrave se aproxima da estimativa da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), que espera retração de 19% no setor.
Por segmento, a Fenabrave espera, em 2016, queda de 18,42% para os automóveis, recuo de 15,43% para os comerciais leves, baixa de 27,20% para os caminhões e retração de 19% para os ônibus.