A tecnologia pode ser uma grande aliada do citricultor desde que seja aplicada de forma adequada. A afirmação é do técnico do Fundo de Defesa da Citricultura (Fundecitrus) Marcelo da Silva Scapin, que defende a capacitação de produtores no combate ao greening. Segundo ele, os citricultores devem seguir à risca as recomendações agronômicas, principalmente no que diz respeito ao volume ideal de calda a ser utilizada, regulagem da máquina e também o tamanho da gota na hora da pulverização.
Scapin critica a falta de mais pesquisas voltadas para produtos que combatam pragas e doenças da citricultura. ''O setor ainda não é o foco das grandes empresas de defensivos'', afirma. Porém, com o apoio de institutos de pesquisa, produtos utilizados em outras culturas têm sido liberados para o setor de citros. O técnico acrescenta que a engenharia genética também pode contribuir com a criação de plantas resistentes.
Modelo
O especialista em citricultura Jim Graham, professor da Universidade da Flórida (EUA), maior estado produtor da fruta no mundo, aponta que os citricultores brasileiros são exemplo de eficiência no que se refere ao controle de pragas e doenças. Segundo ele, muitos produtores da Flórida não erradicam todas as plantas contaminadas, o que dificulta o processo de controle do greening. Ainda conforme Graham, lá cerca de 46% das árvores de laranja estão contaminadas com a doença. ''Em breve 100% das plantas americanas poderão ser atingidas'', alerta. (R.M.)