O Impostômetro da Associação Comercial do Paraná (ACP) atingiu semana passada a marca de R$ 1 trilhão em impostos, taxas e contribuições federais, estaduais e municipais pagos por todos os brasileiros desde 1º de janeiro deste ano. No ano passado, o valor de R$ 1 trilhão foi alcançado no dia 29 de agosto, o que revela aumento da carga tributária de um ano para o outro. No último dia de 2013, deverá ser atingida a marca de R$ 1,62 trilhão. O Impostômetro é um painel que mostra em tempo real o volume de arrecadação no País.
Nem mesmo as desonerações promovidas pelo governo federal e o cenário atual com baixo crescimento econômico diminuíram a arrecadação de impostos. O presidente executivo do Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT), João Eloi Olenike, disse que a desoneração não significa perda de recolhimento. Ele explicou que, com o valor dos produtos menor por conta da redução de tributos, as vendas aumentam em escala e, consequentemente, a arrecadação tributária também é elevada.
Além disso, Olenike alertou que "toda desoneração corresponde a uma oneração". Ele lembrou que a Lei de Responsabilidade Fiscal obriga que, a cada renúncia fiscal, os governos tenham que mostrar como vão cobrir a diminuição na arrecadação. "Estamos com aumento de arrecadação neste ano dois dias antes em relação a 2012 mesmo com o dólar e a inflação altos e com o cenário econômico atual", destacou. Neste ano, ele prevê que mesmo que o volume pago de impostos não tenha aumento real (descontada a inflação) deve ter reajuste nominal de 2%. No ano passado, o Impostômetro atingiu R$ 1,550 trilhão.

Uma das justificativas para o aumento da arrecadação seria a criação de mecanismos da Receita Federal para melhorar as fiscalizações

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