A carteira de créditos ativos de bancos cooperados reflete o boom na venda de consórcios. O empresário Massaro Nilton Murayama, de 47 anos, já usou a linha de crédito para pequenas reformas e compra de veículos. "É um bom investimento. É uma forma de investir para quem não consegue acumular dinheiro. É uma espécie de poupança programada ou alavancar um capital", comentou.
O que o mais atrai são a velocidade da contemplação e os juros. "Antes, o grande entrave dos consórcios era a contemplação. Hoje, você percebe que o pessoal (empresas) querem que a contemplação seja mais rápida", avaliou Murayama.
A Cooperativa de Crédito Sicredi fechou maio com R$ 620 milhões em carteira de crédito ativo de consórcios, um crescimento de 18% em relação ao ano passado. O crescimento na comercialização de cotas no primeiro trimestre do ano, em relação ao mesmo período do ano passado, foi de 24,5%.
O segmento de imóveis é o que mais se destaca, com uma carteira de R$ 155 milhões em créditos. Mas o setor de serviço é o que mais apresenta crescimento (62%) ao ano. Os créditos são usados para reformar residenciais, procedimentos estéticos, serviços dentários, entre outros. "Notamos que as pessoas não estão com medo de assumir um investimento", comentou Tatiane da Silva, assessora de consórcios da cooperativa.
Segundo ela, o produto permite "a programação de realização dos mais variados sonhos e por isso vem conquistando cada dia mais espaço no mercado brasileiro". O Sicredi também trabalha com uma linha de consórcio sustentável para aquisição de produtos como painéis para energia solar. "Por enquanto, a procura maior é por informação sobre esse tipo de consórcio", afirmou. A cooperativa estima fechar o ano com uma carteira de R$ 100 milhões em créditos (17%), o que representa crescimento de 17%. (A.M.P)