Setor de franquias não sai de moda
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sexta-feira, 12 de janeiro de 2018
Aline Machado Parodi<br>Reportagem Local
O mercado de Franchising promete continuar sendo promissor em 2018. A ABF (Associação Brasileira de Franchising) projeta um crescimento de 3% no número de unidades das redes de franquias em 2018. Um percentual abaixo do crescimento registrado antes da crise. Em 2013, o setor cresceu 9%. No ano passado, o desempenho, apesar de positivo, ficou abaixo do previsto no começo de 2017.
O balanço preliminar divulgado pela entidade nesta quinta-feira apontou um aumento de 2% no número de unidades e um acréscimo de 8% em faturamento no ano passado. A projeção era de crescimento da ordem de 4% a 5%. Apesar do aumento na quantidade de lojas, o número de redes franqueadoras encolheu. O montante recuou 6% em 2017, para 2,8 mil. De acordo com o presidente da ABF, Altino Cristofoletti Junior, esse número de fechamentos de redes é reflexo de o Brasil ainda ter muitas redes regionais e de pequeno porte.
Os dados regionais só devem ser divulgados em fevereiro, mas no terceiro trimestre do ano passado a região Sul faturou R$ 6,1 bilhões, o que representa 6,4% de aumento. Dos três estados, Paraná liderou o crescimento, ficando acima da média, com 7,1%.
"O Paraná é um estado com tradição de franchising e vemos um potencial de crescimento. Temos muitos municípios que possuem estrutura para receber grandes marcas e expandir suas unidades. É perceptível que o movimento do franchising para o interior se tornou mais intenso", afirma Fabiana Estrela, diretora da regional Sul da ABF.
Salto
Segundo pesquisa realizada pela Rizzo Franchise, o número de unidades franqueadas instaladas no Estado saltou de 14.033 em 2014 para 16.129 em 2016, gerando uma receita de R$ 25,7 bilhões. Uma das redes de olho neste mercado é a gaúcha de moda feminina Rabusch. A empresa está focando a sua expansão em Londrina, Maringá e Curitiba.
Das 16 novas unidades que a rede pretende abrir em 2018, 10 são para o Paraná. O setor de vestuário movimenta R$ 189 milhões ao ano e, segundo Alcides Debus, fundador da marca, "a escolha do Paraná como meta de expansão é natural, dados os indicativos econômicos do Estado e estudo para o plano de expansão que aponta perfil dos potenciais clientes".
A rede está em fase de prospecção de potenciais franqueados em Londrina. A empresa também mudou o perfil dos possíveis investidores para otimizar o desempenho da franquia. "Com a crise surgiu a necessidade da gestão do negócio, forçou que o investidor tivesse uma curva de aprendizado. E no varejo é essencial que o empreendedor tenha um contato prévio com o setor, pois exige muita dedicação", afirma Debus.
O segmento de moda, de acordo com o balanço da ABF, ficou estável, com 14% de participação no mercado. Saúde, beleza e bem-estar foi o único segmento com crescimento na participação. Saiu de 12% em 2016 para 16% ano passado. Mas alimentação ainda é o líder em participação, com 34% do mercado brasileiro, apesar de ter caído 2% em relação a 2016. Serviços manteve os 18% e é o segundo no ranking.