Rede gaúcha de vestuário está de olho no mercado paranaense, com previsão de abrir 10 franquias no Estado, inclusive uma em Londrina
Rede gaúcha de vestuário está de olho no mercado paranaense, com previsão de abrir 10 franquias no Estado, inclusive uma em Londrina | Foto: Divulgação



O mercado de Franchising promete continuar sendo promissor em 2018. A ABF (Associação Brasileira de Franchising) projeta um crescimento de 3% no número de unidades das redes de franquias em 2018. Um percentual abaixo do crescimento registrado antes da crise. Em 2013, o setor cresceu 9%. No ano passado, o desempenho, apesar de positivo, ficou abaixo do previsto no começo de 2017.

O balanço preliminar divulgado pela entidade nesta quinta-feira apontou um aumento de 2% no número de unidades e um acréscimo de 8% em faturamento no ano passado. A projeção era de crescimento da ordem de 4% a 5%. Apesar do aumento na quantidade de lojas, o número de redes franqueadoras encolheu. O montante recuou 6% em 2017, para 2,8 mil. De acordo com o presidente da ABF, Altino Cristofoletti Junior, esse número de fechamentos de redes é reflexo de o Brasil ainda ter muitas redes regionais e de pequeno porte.

Os dados regionais só devem ser divulgados em fevereiro, mas no terceiro trimestre do ano passado a região Sul faturou R$ 6,1 bilhões, o que representa 6,4% de aumento. Dos três estados, Paraná liderou o crescimento, ficando acima da média, com 7,1%.

"O Paraná é um estado com tradição de franchising e vemos um potencial de crescimento. Temos muitos municípios que possuem estrutura para receber grandes marcas e expandir suas unidades. É perceptível que o movimento do franchising para o interior se tornou mais intenso", afirma Fabiana Estrela, diretora da regional Sul da ABF.

Salto
Segundo pesquisa realizada pela Rizzo Franchise, o número de unidades franqueadas instaladas no Estado saltou de 14.033 em 2014 para 16.129 em 2016, gerando uma receita de R$ 25,7 bilhões. Uma das redes de olho neste mercado é a gaúcha de moda feminina Rabusch. A empresa está focando a sua expansão em Londrina, Maringá e Curitiba.

Das 16 novas unidades que a rede pretende abrir em 2018, 10 são para o Paraná. O setor de vestuário movimenta R$ 189 milhões ao ano e, segundo Alcides Debus, fundador da marca, "a escolha do Paraná como meta de expansão é natural, dados os indicativos econômicos do Estado e estudo para o plano de expansão que aponta perfil dos potenciais clientes".

A rede está em fase de prospecção de potenciais franqueados em Londrina. A empresa também mudou o perfil dos possíveis investidores para otimizar o desempenho da franquia. "Com a crise surgiu a necessidade da gestão do negócio, forçou que o investidor tivesse uma curva de aprendizado. E no varejo é essencial que o empreendedor tenha um contato prévio com o setor, pois exige muita dedicação", afirma Debus.

O segmento de moda, de acordo com o balanço da ABF, ficou estável, com 14% de participação no mercado. Saúde, beleza e bem-estar foi o único segmento com crescimento na participação. Saiu de 12% em 2016 para 16% ano passado. Mas alimentação ainda é o líder em participação, com 34% do mercado brasileiro, apesar de ter caído 2% em relação a 2016. Serviços manteve os 18% e é o segundo no ranking.