O pecuarista de leite Louis Baudraz, de Rolândia, investiu R$ 400 mil há dois anos na tecnologia conhecida pelo nome em inglês compost barn, ou galpão de compostagem, para aproveitamento total do esterco líquido e sólido de 280 vacas. O resultado financeiro foi de aumento médio de 15% na produção leiteira, mas ele conta que as maiores vantagens estão no aumento da sanidade, fertilidade e longevidade dos animais que mantém nos 104 hectares do Sítio Tapir.

Todo o fertilizante produzido é usado no plantio de milho para silagem. "E o esterco é de qualidade. Ajudou muito na atividade porque o gado holandês sofre muito com calor, então no inverno eu ganhava dinheiro e no verão caía a produção", diz Baudraz.

O aumento da produção por animal foi de seis litros no verão e de três no inverno, com uma média de 35 litros. "Consegui equilibrar essa questão do calor porque esse sistema tem conforto para o animal, com ventilação que é usada para enxugar o esterco e também reduz temperatura", explica, ao lembrar que chegou a índices de excelência, acima de 95%, no combate a doenças como a mastite.

Mesmo assim, Baudraz ainda não quis investir na produção com biodigestores. "Estou com pé atrás. Fui pioneiro nos anos 80 e não deu certo, mas a tecnologia mudou um pouco e vou estudar mais ainda."