Para a professora de Finanças Ana Paula Mussi Cherobim, diretora do Sociais Aplicadas da Universidade Federal do Paraná (UFPR), os pais só devem tirar os filhos da escola particular se for inevitável e depois de fazer todos os arranjos financeiros para colocar as contas dentro do orçamento. "Antes têm de cortar o clube, a viagem de férias, as festas de aniversários, almoços fora de fim de semana, a van ou ônibus escolar", afirmou.
As dicas da professora para as famílias enxugarem o orçamento são criar um sistema de carona solidária, deixar a criança só um período na escola, cortar as atividades complementares como por exemplo aulas de balé. "Os pais podem procurar uma escola privada sem tantas atividades extracurriculares", sugeriu.
Ana Paula afirmou que é importante os pais que estão fazendo um esforço para manter os filhos na rede particular estarem atentos à qualidade do ensino. "Eles estão fazendo um esforço para pagar a mensalidade, então tem de cobrar o pedagógico da escola e exigir que o filho aproveite bem o conteúdo", comentou.
Mas, segundo ela, a escola pública representa economia não apenas em mensalidades e material escolar. Os eventos como festas do Dia das Mães, das Crianças, formaturas, entre outros, costumam ser mais baratos nessas instituições. Também há o que a professora chama de economia acessória. "O padrão de vida dos alunos de escolas públicas, infelizmente, é mais simples. Então, vai envolver festas de aniversários dos colegas e roupas mais simples, quando a escola não fornecer uniforme", avaliou a professora. (A.M.P)