Curitiba - A empresária Fabiane Post começou a trabalhar de uma forma simples com a venda de roupas, em Curitiba, e hoje é proprietária da marca Boutique de Rua. No início, ela levava as peças de vestuário dentro de um carro comum de passeio e ia até o trabalho das clientes.
Como as consumidoras queriam provar, Fabiane permitia que levassem as roupas para casa. Neste sistema, trabalhava vendendo roupas durante 15 dias do mês e o restante voltava para buscar as roupas que as clientes não iriam comprar ou tinham esquecido em casa e os cheques de pagamento das mercadorias.
A partir desta experiência, ela teve a ideia de montar uma van que leva a loja até a cliente. O veículo traz as roupas organizadas em cabides, tem provador, ar condicionado e som ambiente. Ela também disponibiliza máquinas de cartão de crédito e de débito para o pagamento. O preço das peças varia de R$ 29,90 a R$ 199 e há a possibilidade de parcelar as compras no cartão em até seis vezes. ''As clientes se sentem mimadas'', brincou. O público dela são mulheres que trabalham em empresas, principalmente, da Cidade Industrial de Curitiba, além de bancárias e alguns condomínios residenciais.
''É a roupa na porta do emprego das clientes'', definiu. Ela conta que depois que começou a trabalhar com a van, o faturamento que era de R$ 10 mil a R$ 15 mil triplicou. Com os resultados positivos, ela teve a ideia de licenciar a marca. Desta forma, as pessoas interessadas adquirem uma espécie de franquia, mas que não exige o pagamento de royalties. ''Apresento para os novos licenciados todos os meus fornecedores e eles também têm a possibilidade de comprar parte do estoque da minha confecção que foi aberta em Joinville (SC)'', contou.
A licença da marca custa R$ 85 mil e inclui o veículo, o primeiro estoque e a mobília da loja móvel. Já há licenciados em Cianorte, Guarapuava, São Paulo e Campinas (SP).
Celso Balloni trabalhava como gerente de posto de gasolina e resolveu deixar o trabalho para ajudar a esposa Tereza que atua há 20 anos com venda de roupas no local do trabalho das clientes. A aposta deles é principalmente em peças como jeans e jaquetas. Eles vão até escolas e empresas para comercializar os produtos.
Segundo Balloni, a principal dificuldade é na hora de receber. ''Tem clientes que mudam de cidade ou de emprego, nestes casos, temos dificuldade de fazer a cobrança'', disse. Por isso, neste ano, a ideia do casal é implantar o uso das máquinas de cartão de débito e crédito.
Eles trazem mercadorias de São Paulo, Santa Catarina e Minas Gerais. Quando o inverno ou o verão estão intensos, eles viajam toda semana para comprar mercadorias. Balloni abriu uma microempresa com Tereza e hoje os dois já têm seis vendedores que trabalham para eles. (A.B.)