Imagem ilustrativa da imagem Presidente do BNDES pede demissão
| Foto: Elza Fiuza/Agência Brasil



A presidente do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), Maria Silvia Bastos Marques, renunciou ao cargo nesta sexta-feira (26). O diretor de Operações Indiretas, Ricardo Ramos, responderá interinamente pela presidência do banco. Ramos é funcionário de carreira da instituição de fomento. Em comunicado interno distribuído nesta sexta aos funcionários, a ex-presidente informou que toda a diretoria, que chegou ao banco junto com ela há cerca de um ano, seguirá no cargo. "Informei pessoalmente ao presidente Michel Temer a minha decisão de deixar a presidência do BNDES", afirmou Maria Silvia, no início do comunicado interno.

Marques alegou motivos pessoais para renunciar. "Deixo a presidência do BNDES por razões pessoais, com orgulho de ter feito parte da história dessa instituição tão importante para o desenvolvimento do País", disse o comunicado, fazendo referência à sua passagem anterior pela diretoria do banco, no início dos anos 1990.

Ela buscou também enaltecer o quase um ano de gestão à frente do banco de fomento, durante o qual disse ter buscado "olhar para o futuro, estabelecendo novos modelos de negócios e estratégias para o banco, sem descuidar do passado e do presente, sempre tendo em mente preservar e fortalecer a instituição e seu corpo funcional".

A Secretaria Especial de Comunicação Social da Presidência da República divulgou uma nota para destacar que o presidente Michel Temer agradeceu o empenho da executiva frente ao banco de fomento. "O presidente da República, Michel Temer, manifesta seu profundo agradecimento a Maria Silvia Bastos Marques, que presidiu o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social de forma honesta, competente e séria por pouco mais de um ano", disse o texto.

Críticas
Em meios às críticas nos bastidores da classe empresarial de que a executiva estava fazendo uma gestão dura no banco, ampliando a dificuldade de acesso ao crédito, a nota ressaltou que o trabalho dela "honrou o governo e moralizou um setor estratégico para o País".

"Despolitizando a relação com o setor empresarial e elegendo critérios profissionais e técnicos para a escolha de projetos a serem contemplados com financiamentos oriundos de recursos públicos", afirmou. "Deixará como legado um modelo a ser seguido em toda máquina pública", completou.