A técnica em enfermagem Lígia Domingues Bittencourt procurou na tarde de ontem a 9ª Feira de Imóveis de Londrina em busca da casa própria. Atualmente, ela mora em um imóvel alugado, com o marido e a filha, e pretende encontrar uma casa geminada nas zonas norte ou oeste da cidade. O importante é que caiba em seu orçamento. "Procuro algo em torno de R$ 145 mil e com parcela máxima de R$ 800", explica Lígia. Para ela, a feira é uma oportunidade de avaliar o mercado.
"A Caixa me orientou bem sobre as possibilidades. Pretendo ir outro dia à imobiliária para poder ver a casa, já que aqui vi apenas fotos", diz. Como Lígia, boa parte do público de 8 mil pessoas que deve passar pela feira até domingo procura pelo primeiro imóvel, com valores entre R$ 100 mil e R$ 200 mil. Mas também há opções acima deste valor, para investimento e lazer. Neste ano, os 60 expositores, entre imobiliárias, construtoras e incorporadoras, ofertam uma variedade de 3,5 mil imóveis e a expectativa é de movimentar mais de R$ 100 milhões.
Marco Bacarin, presidente do Sindicato dos Corretores de Imóveis de Londrina (Sincil), diz que as expectativas são as melhores diante de um mercado com preços mais acomodados. Bacarin aponta, também, a maior diversidade de imóveis ofertados. "Tivemos um período, durante uns 4 anos, em que a pessoa queria comprar um imóvel em determinado local da cidade e não tinha oferta, mas com a leve diminuição nas vendas agora, a oferta melhorou", revela.
Bacarin diz ainda que não há indícios de nova alta de preços no mercado, o que confere mais liberdade ao cliente. "É um bom momento para a compra, porque o cliente pode levar mais tempo no processo de escolha", diz o presidente do Sincil.
Pedro Amâncio, gerente de vendas da construtora Yticon, diz que a feira sempre traz retorno para a empresa e, por isso, eles aumentaram a oferta de imóveis prontos e em obras, com um total de sete lançamentos. Segundo Amâncio, os imóveis de R$ 150 mil são os mais procurados e 90% das vendas são de primeiro imóvel. "Nossa previsão é de R$ 10 milhões na comercialização de 40 imóveis", revela o gerente.

Variedade
Luiz Cláudio Guarda, gerente comercial da construtora Artenge, acredita que o público da Feira de Imóveis vem mudando ao longo dos anos, atingindo mais faixas de renda. "Temos empreendimento nosso de R$ 300 mil, outro de R$ 400 mil e também imóveis usados na faixa de R$ 150 mil, os mais procurados", afirma. No entanto, segundo Guarda, a feira já propiciou a venda de imóveis de até R$ 500 mil.
A construtora Thá, que participa pela primeira vez do evento, também aposta na diversidade do público. O gerente regional, Ricardo Kitamura, diz que todo o portfólio da construtora está disponível, mas há grandes expectativas em relação ao mais recente lançamento da marca, com preços a partir de R$ 250 mil.
A 9ª Feira de Imóveis acontece até o próximo domingo no Pavilhão Nacional do Parque de Exposições Ney Braga. Hoje, o atendimento ao público será das 13h às 21h, e amanhã, das 10h às 19h. A entrada e o estacionamento são gratuitos.