São Paulo – Apesar de ainda liderar a preferência dos investidores da cidade de São Paulo, a poupança perdeu novamente adeptos e atingiu, pelo segundo mês, o menor patamar da série histórica da pesquisa realizada pela FecomercioSP (federação do comércio de SP).
Segundo o estudo, em fevereiro 57,3% dos poupadores escolheram a caderneta como principal destino de seu dinheiro, contra 57,7% em janeiro. Quando se compara com o mesmo mês de 2016, o percentual era de 70,2%.
Esse movimento tem se refletido mensalmente nos dados de poupança divulgados pelo Banco Central. Em janeiro, por exemplo, a caderneta teve saída líquida de R$ 10,8 bilhões, o que significa que a diferença entre o que foi depositado e resgatado ficou negativo em R$ 10,8 bilhões.
No ano passado, marcado pela piora no mercado de trabalho e inflação ainda pressionada, a poupança terminou com saída líquida de R$ 40,7 bilhões.
A pesquisa também mostra migração para outros investimentos conservadores, como fundos e previdência privada. No caso de fundos, o percentual, em fevereiro, passou para 22%, contra 18,6% no mesmo mês de 2016.
Em janeiro, os fundos de investimento tiveram a maior captação para o mês em quatro anos. Descontados os resgates, os fundos receberam quase R$ 40 bilhões no mês passado, a maior injeção líquida desde janeiro de 2013.
A previdência privada foi a aplicação escolhida por 9% dos investidores em fevereiro deste ano, indica a FecomercioSP. No mesmo mês do ano passado, o percentual era menor, 6,6%.