O grupo gestor de um projeto de Cidades Inteligentes deve envolver poder público, instituições de ensino e pesquisa, provedores de serviços e sociedade civil, diz Marco Ristuccia, da FGV Projetos. Para ele, o controle sobre a gestão de uma "smart city" deve estar descentralizada. "Aqui (no Brasil), o governo de uma cidade é a prefeitura. No mundo isso já mudou. O governo municipal é articulador, promotor de iniciativas de interesse público, alguém que sabe monitorar resultados, mas nunca é o único provedor de iniciativas da cidade."

Claudio Tedeschi, do Conselho Fiscal do Fórum Desenvolve Londrina, diz acreditar que a sociedade civil organizada é que precisa ser a "guardiã" de projetos de smart cities por ser desprovida de viés político-partidária. Cidades Inteligentes é o tema do Fórum Desenvolve Londrina de 2017. "Acredito que a gestão disso (Cidade Inteligente) tenha que partir da prefeitura junto com a sociedade civil organizada", opina, por sua vez, Pedro Sella, da Codel.

Já para o presidente da Sercomtel Participações, Roberto Nishimura, a prefeitura é que tem a melhor competência para gerenciar uma cidade inteligente. "Quando falamos que o principal agente promotor de cidades inteligentes é a prefeitura é porque ela, por ser o principal agente que governa o município, é a maior concentradora das responsabilidades. Caberia a ela a responsabilidade desse gerenciamento. Ela seria o órgão centralizador dessas ações." (M.F.C.)