O Moinho Globo inaugura nesta sexta-feira (28) a sua nova unidade, em Sertanópolis (Região Metropolitana de Londrina). A planta está em operação desde fevereiro, produzindo 600 toneladas de farinha em duas linhas de moagens. O investimento foi de aproximadamente R$ 100 milhões, financiados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e recursos próprios da empresa.

O projeto da unidade começou a sair do papel em 2013. "Foi um momento favorável, com taxas de juros atrativas. Se fosse hoje, com as condições de juros atuais, não faríamos esse investimento", comentou Giancarlo Venturelli, presidente do Moinho Globo.

A nova unidade vai ampliar a capacidade de moagem da indústria em 180 mil toneladas/ano e deve trazer um incremento de 25% no faturamento anual no primeiro ano. Em 2016, o faturamento fechou em R$ 200 milhões. "No início, o crescimento do faturamento é lento, mas temos uma projeção de aumento que vai até 2020", disse Venturelli.

A planta foi dimensionada para comportar uma terceira linha de produção com capacidade de 400 toneladas/dia. A indústria tem uma produção diária de 1.050 toneladas, entre a unidade localizada no centro da cidade e a nova planta.

A fábrica gera 230 empregos diretos, que foram remanejados da unidade antiga. "Fizemos a capacitação dos funcionários para atuarem na nova planta e devemos abrir em torno de 80 vagas para o moinho no centro", explicou Paloma Venturelli, vice-presidente da empresa.

O Moinho Globo ocupa a terceira posição no ranking de produção no Paraná com 150 produtos em linhas e uma carteira com mais de 4 mil clientes. O planejamento estratégico da empresa pretende dobrar a participação no mercado até 2020. A indústria trabalha com duas marcas: Venturelli e Globo. São cerca de 150 produtos, nas linhas varejo e industrial. O varejo representa 60% das vendas da empresa, que comercializa o Sul, Sudeste, Centro-Oeste e Norte.

O gerente industrial Claudio Gonçalves classifica a nova planta como um dos maiores diagramas de moagem do Brasil. "Um software controla todo o funcionamento, permitindo monitorar on-line as extrações. As balanças de fluxo, automáticas, pesa a farinha constantemente e são conectadas ao software, que informa em tempo real aos moleiros", explicou o gerente.

"É uma indústria moderna e sustentável, proporcionando ganhos de produtividade e redução de custos e já traz espaços pré-definidos para futuras expansões". A área de armazenagem tem capacidade para 4 mil toneladas de produto acabado, mas pode chegar a 8 mil toneladas com sistema de paletização.

Também foi construída uma área de apoio ao caminhoneiro, com estrutura de sala para descanso e banheiros com ducha. Está em fase final, a implantação de uma padaria e cozinha experimental.