Imagem ilustrativa da imagem Metro quadrado valorizado
| Foto: Ricardo Chicarelli/07-03-2016
Entre as cinco cidades do Sul que entram no levantamento, o mercado imobiliário londrinense foi o único que registrou leve alta
Imagem ilustrativa da imagem Metro quadrado valorizado



O valor médio do metro quadrado para venda de imóveis usados em Londrina cresceu 0,61% no mês de julho em comparação com junho, na contramão da média nacional, que caiu 0,4%, indica a pesquisa Dados do Mercado Imobiliário (DMI), levantada pelo Viva Real. Entre as cinco cidades do Sul que entram no levantamento, o mercado imobiliário londrinense foi o único que registrou leve alta.
O Viva Real é uma plataforma digital que interliga imobiliárias, incorporadores e corretores, oferecendo imóveis para vendas e locação em mais de mil cidades do País. O DMI é um relatório setorial calculado desde 2013 a partir da comparação de preços do metro quadrado para locação e venda. São comparados imóveis de 30 capitais e municípios.
De acordo com o levantamento, o preço médio do metro quadrado de imóveis usados em Londrina ficou em R$ 3.627 em julho, contra R$ 3.606 em junho. Foi a quarta maior alta no mês entre as 30 localidades. Na comparação com o mesmo mês do ano anterior, a variação foi positiva em 6,7%.
O resultado londrinense foi melhor que o detectado em Curitiba, onde o preço médio do metro quadrado caiu de R$ 4,7 mil em junho para R$ 4,691 em julho (-0,2%). Em comparação com junho de 2015, entretanto, a capital viu os imóveis valorizarem 6,3%. Na região Sul, o DMI também levanta preços em Florianópolis (0% em julho), Porto Alegre e Joinville (-0,83% e -0,84% em julho, respectivamente).
Ambas as cidades paranaenses têm o valor médio do metro quadrado abaixo da média nacional – em julho, ficou em R$ 4.848. Na comparação o mesmo mês de 2015, a variação média foi de 1%.
Segundo a gerente de Inteligência de Mercado da Viva Real, Aline Borbalan, os preços de imóveis para venda encontram-se em um período de estabilidade, depois de forte retração no segundo semestre do ano passado, provocada pelo clima de instabilidades política e econômica do País.
Ela afirma que os valores vinham de uma leve queda até agosto do ano passado, quando o declínio se intensificou. A partir de janeiro, com a melhora da confiança do consumidor – devido às mudanças políticas, atribui Aline -, os valores voltaram a subir, com melhor reação a partir de abril, em resposta às novas taxas de financiamento, iniciadas em março.
Em relação aos resultados vistos em Londrina e Curitiba, a gerente ressalta que a capital tem um mercado mais maduro, com preços mais estáveis. "Londrina tem um mercado menor e uma atividade econômica diferente. Então, até o fim de dezembro tivemos quedas, mas, a partir de janeiro, retomou e estabilizou", disse.
O vice-presidente do Secovi (sindicato da habitação) no Norte do Paraná, Nestor Correa, corrobora com a visão de que o mercado está em período de estabilidade. "Uma alta ou uma queda de décimos é pouco significativa. Para um imóvel de R$ 200 mil, (a retração de) 0,4% representa R$ 800. Qualquer vendedor aceitaria", diz.
Ele afirma, entretanto, que este é o momento do comprador. "Estamos em um período com poucos lançamentos e muitas unidades disponíveis. Daqui a um ano, pode não haver a mesma oferta."
O momento também é favorável para locações, diz Correa. Pelo DMI, a retração nos valores dos aluguéis por metro quadrado em Londrina foi de -7,4% em relação a julho de 2015, apesar da variação positiva de 0,91% em julho passado quando comparado com o mês anterior. Em Curitiba, a variação anual foi de -7,2% e, no Brasil, a retração foi de 3,9%.