Nas unidades de referência onde é realizado o Manejo Integrado de Pragas (MIP), a técnica apresentou bons resultados em termos de economia em aplicações na safra passada. De acordo com dados do Emater, a média de aplicações na fase vegetativa da oleaginosa nas unidades modelo passou de duas para zero no ciclo 2013/14. "O produtor não se dá conta que podemos ter uma população de uma determinada praga mais alta sem a necessidade de uma intervenção química", lembra Nelson Harger do Emater.
Harger destaca que o uso do MIP não desconsidera outras ferramentas, como o uso de defensivos químicos ou a tecnologia transgênica, por exemplo. "O produtor deve confiar na ciência", destaca o coordenador da área de grãos do Emater. Osmar Conte, pesquisador da Embrapa Soja, avalia que o controle biológico deve ser orientado de acordo com a necessidade de intervenção.
Ele destaca que a aplicação desnecessária de agroquímicos elimina os inimigos naturais, ocasionando o desequilíbrio biológico, além de elevar os custos de produção. Na safra passada, a média de aplicação por propriedade no Paraná chegou a 5, enquanto que nas unidades de referência a média caiu para 2,5. A redução de custo, calcula Conte, variou de um a dois sacos do grão por hectare. "O MIP é um manejo perfeitamente aplicável, mas necessita de dedicação", completa o pesquisador da Embrapa Soja.

Produção
De acordo com o último levantamento realizado pelo Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab), o Paraná espera produzir neste ciclo 17,16 milhões de toneladas de soja, volume 18% superior em relação à safra 2013/14. Em área, o Estado destinou para a atual safra 5,05 milhões de hectares, 3% a mais em relação ao ciclo anterior. (R.M.)