Ana Luísa Alcover Pellegrini, 28 anos, baixista, pretendia manter o filho Caetano Alcover Pellegrini de Souza, 9 anos, na escola particular até o 6º ano, mas a crise econômica a fez repensar e antecipar em um ano a ida do menino para a rede pública. Ela está aguardando vaga em um estabelecimento municipal. "Já entreguei a documentação em uma escola, e estou esperando abrir a inscrição na escola da Vila Brasil", comentou a mãe.
Esta é a segunda vez que Ana Luísa troca o filho de escola. Em 2016, procurou uma instituição de ensino privada com mensalidade mais barata para reduzir o impacto da educação dele no orçamento da família. "A mensalidade aumentou muito e tive que buscar outra escola", afirmou. Segundo ela, a atual instituição consome um terço do orçamento. "Na outra, eu gastava o dobro. Só a taxa de material escolar era de R$ 3 mil", comentou. Ana Luísa também conseguiu negociar com a direção da nova escola e ganhou um desconto de quase 20% se pagasse a mensalidade em dia.
A educação de Caetano sempre foi prioridade para Ana Luísa. Ela contou que há dois anos voltou a morar com a mãe para economizar com aluguel e poder manter o filho na escola particular.
Agora, com a possibilidade do filho ir para a rede pública, ela também estuda cortar outra despesa alta: o transporte. "Ano passado, eu trabalhava num shopping e os horários não batiam para levá-lo e buscá-lo na escola. Este ano, meus horários são mais flexíveis, então estou pensando em cortar a van", explicou.
Caetano está ansioso para saber onde vai estudar este ano e ainda torce para poder continuar na mesma escola. "Eu gosto de lá e dos professores", disse o menino. Mas a mudança não deve afetar muito Caetano. "Ele tem uma grande facilidade para fazer amigos. E teve uma boa base na escola particular, que despertou a curiosidade dele. Gosta de pesquisar os assuntos na internet e ir atrás de informações, acredito que não terá dificuldades na escola pública", afirmou. (A.M.P)