A Frimesa encabeça o movimento para tornar o Paraná como zona livre de febre aftosa sem vacinação, o que abriria novos mercados internacionais para a carne suína e bovina do Estado. O tema é espinhoso porque envolve resistência de criadores de gado, por dificultar a entrada de gado vivo de regiões onde a imunização ainda ocorre e porque poderia aumentar o risco da produção.
"Existe um trabalho que ainda precisa ser feito, de colocação de barreiras físicas entre o Paraná, Mato Grosso do Sul e São Paulo, mas neste ano faremos intensa campanha para suspender a vacinação contra a aftosa no Estado", diz o diretor executivo da Frimesa, Elias Zydek. Santa Catarina, que tem o status desde 2001, busca conquistar mercados mais valorizados, como China, Japão e Estados Unidos.
O presidente da Associação Paranaense de Suinocultores (APS), Jacir Dariva, concorda que é preciso trabalhar a questão sanitária, para garantir maior rentabilidade ao produtor também. O Paraná já tem o status de livre da aftosa com vacinação e a Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep) e a Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar) defendem o fim da imunização. Por outro lado, a Sociedade Rural do Paraná (SRP) insiste que os benefícios são pequenos pelo tamanho do risco, conforme debate promovido pela FOLHA no ano passado. (F.G.)