São Paulo - O fluxo de veículos nas estradas pedagiadas do País avançou em setembro 2,2% sobre agosto, descontados os efeitos sazonais. É o que mostra o Índice que calcula as passagens de veículos pelas praças de pedágios nas estradas, calculado pela ABCR (Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias0) em parceria com a Tendências Consultoria Integrada.
O ABCR é um indicador antecedente e, ao mesmo tempo, coincidente da produção industrial além de um termômetro de renda das famílias. É dividido entre fluxo de veículos leves e pesados.
Na passagem de agosto para setembro, os registros dos leves que passaram pelas praças de pedágios cresceram 3,3% na comparação do o volume registrado em agosto. Na mesma base de comparação a circulação dos pesados avançou 0,7%. Nos dois casos, os dados estão livres dos efeitos sazonais.
"Isso representa o terceiro registro positivo nessa métrica trimestral", considera a diretora da Tendências, Alessandra Ribeiro. De acordo com a economista, a melhora do ambiente macroeconômico em curso deve sustentar a trajetória de ganhos do índice total ao longo do último semestre.
Sobre o fluxo de veículos leves, Alessandra observa que "com o resultado, o indicador fechou o terceiro trimestre com alta de 0,8%, intensificando a elevação do trimestre de 0,1%, ainda na série dessazonalizada. Trata-se do quarto crescimento consecutivo nessa base de comparação, o que evidencia a trajetória de gradual recuperação do indicador ao longo de 2017".
Ela ainda diz que "a melhora da situação financeira das famílias deve sustentar a trajetória positiva do indicador no último trimestre do ano: o quadro inflacionário benigno que favorece o aumento do poder de compra dos consumidores, a redução do nível de endividamento das pessoas físicas e a recente ampliação das vagas de trabalho, são fatores que contribuem para sustentar o processo em curso de aumento do consumo das famílias, alimentando a trajetória de crescimento do fluxo de veículos leves no restante do ano".
Na análise sobre o fluxo de veículos pesados, a economista ressalta se tratar do terceiro resultado positivo na métrica trimestral dessazonalizada, evidenciando a trajetória de moderada reação em curso no ano, e a sequência positiva do fluxo de pesados reflete o aumento da produção industrial no ano.dos recuou 1,8%.