A expectativa é que 2017 ocorra uma recuperação do varejo. "Uma pesquisa que fizemos mostrou que 40% das pessoas acreditam que 2017 será melhor do que 2016. Essa percepção positiva faz com que as pessoas voltem a gastar no comércio", avalia a coordenadora de pesquisa da Fecomércio, Priscila Takata.
Mas o economista Marcos Rambalducci acredita que o primeiro semestre ainda será complicado para o varejo e aconselha que o comércio fique atento às necessidades de compra do consumidor. "As vendas não devem reagir num primeiro momento. Há uma possibilidade real de queda do emprego e o comércio precisa estar atento às necessidades dessas famílias empobrecidas", comenta.
A queda da taxa de juro, apesar de um sinalizador positivo, na opinião do economista, vai demorar para refletir no varejo. "O juro para o crédito continua alto. Precisamos aguardar mais umas duas reuniões do Copom, que tragam 0,5% de queda para vermos uma resposta do varejo para o estímulo ao crédito", afirma.
As vendas de janeiro, que começaram aquecidas, fomentadas pelas promoções, principalmente nos setores de eletrodomésticos, devem representar incremento de vendas, mas não de lucro. Segundo o economista, o lojista está sendo obrigado a reduzir a margem de lucro para incentivar o consumo. (A.M.P.)