O diálogo com a sociedade está no DNA da PZL Eletrônica
O diálogo com a sociedade está no DNA da PZL Eletrônica | Foto: Saulo Ohara



A economia com um olhar mais atento para a inovação tecnológica, na qual o setor produtivo e instituições de ensino se conversam para o desenvolvimento calcado em um planejamento de médio e longo prazos. Em linhas gerais essa é a proposta do Planejamento do Ecossistema de Inovação de Londrina, que está em elaboração.
O projeto vem sendo discutido por representantes dos setores públicos e privados há mais de um ano e elencou cinco áreas prioritárias com potencial de inovação. São eles: agronegócio, TIC (telecom, hardware e software), química e materiais, eletrometalmecânico e saúde.
A Fundação Certi, uma organização de pesquisa, desenvolvimento e serviços tecnológicos de Florianópolis, fez uma radiografia das cadeias produtivas da cidade levando em consideração a vocação, as potencialidades, as tendências e oportunidades de negócios.
Segundo o economista, professor e colunista da FOLHA, Marcos Rambalducci, "faltava unificar os esforços de cada instituição, pública e privada no sentido de viabilizar a elaboração de estudos voltados a entender quais caminhos seriam mais propícios. Ele afirma que desenvolver economicamente uma cidade é estimular a criação de empregos, geração de renda e elevação na arrecadação. "Em última instância é melhorar a qualidade de vida de seus munícipes."
Há uma década, começou a surgir em Londrina as governanças de TI, os hackathon, o smartagro e agora a cidade começa colher os frutos dessa inovação. E, de acordo com o gerente regional Norte do Sebrae (Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Paraná)Herverson Feliciano, faltava uma organização para potencializar as ações já existentes e fomentar novas iniciativas. "O princípio básico da inovação é a conexão das pessoas. Fazer com que os setores diferentes, academia, entidades de pesquisas conversem entre sim. Quando falamos em um ecossistema, a ideia é criar uma rede de distribuição e conectividade. Essa dinâmica é que gera desenvolvimento e inovação", explicou.

Guilherme Eiras: falta interação entre as áreas
Guilherme Eiras: falta interação entre as áreas | Foto: Ricardo Chicarelli



SURPRESA
Para Feliciano, o apontamento do setor químico e materiais pela fundação foi uma surpresa. "É algo pouquíssimo explorado em Londrina, mas que tem um potencial enorme comparado com outras regiões do Brasil. Esse é um setor subexplorado", comentou. Segundo ele, há diversas pesquisas na área, mas poucas empresas estão dedicadas a esse segmento. "Quando você fala em agronegócio, TIC, metalmecânica, é perceptível que Londrina é forte, mas engenharia de materiais e química nem tanto. Por isso, foi importante esse raio-X da Fundação Certi, que mostrou a capacidade de alavancar a competitividade de áreas que não estávamos olhando", disse o gerente.