Participantes do 7o EncontrosFolha, que discutiu o tema "Projetando Londrina e Região para o Desenvolvimento: Indústria, Comércio e Serviços", em julho de 2016
Participantes do 7o EncontrosFolha, que discutiu o tema "Projetando Londrina e Região para o Desenvolvimento: Indústria, Comércio e Serviços", em julho de 2016 | Foto: Gustavo Carneiro/29-07-2016



O Grupo Folha promove no dia 22 de março a 8ª edição do EncontrosFolha. O evento, que tem por objetivo discutir assuntos relevantes para o desenvolvimento do Estado, abordará a "Transparência e ética nas Empresas: Reflexos da Lava Jato".

O EncontrosFolha reunirá um time de peso para debater o assunto. A palestra principal será ministrada pelo professor doutor do Isae/FGV, Antônio Raimundo. E contará como painelistas o procurador regional da República e membro da força-tarefa da Lava Jato, Carlos Fernando dos Santos Lima; o advogado com atuação na Lava Jato, Marlus Arns; e o diretor da Construtora Plaenge, Alexandre Fabian.

O escândalo da Lava Jato fez muitas empresas brasileiras "importarem" o conceito de compliance, termo inglês que significa estar em conformidade com as leis. O compliance ganhou importância com a aprovação da chamada "lei anticorrupção", em 2014, que prevê a responsabilização das empresas em atos contra a administração pública e não apenas dos seus funcionários.

Um levantamento recente realizado pela consultoria de gestão de riscos ICTS aponta que 46,9% empresas brasileiras não estão preparadas para cumprir a Lei Anticorrupção, ou seja, agir em sintonia com as regras e arraigar esse conceito dentro da empresa ainda é um grande desafio.

Segundo o professor de ética empresarial da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Antônio Raimundo, exemplos negativos de empresas envolvidas em grandes escândalos, como a Operação Lava Jato, chamaram a atenção para a importância de se valorizar as iniciativas de controle interno. "As grandes empresas hoje têm mais cuidado com isso, porque elas sabem o potencial de risco em não ser conforme com a lei, não ser justa, transparente, digna", disse.

O superintendente do Grupo Folha, José Nicolás Mejía, ressaltou que a "ética e transparência será sempre um tema importante, seja no âmbito profissional ou pessoal, mas no momento atual que estamos passando no Brasil com a Lava Jato, consideramos que é imperativo debater profundamente o tema e incorporar isto no dia a dia das empresas para ajudar na sua sustentabilidade."

Apesar do termo ser novo no Brasil, o conceito é antigo e adotado pelo Grupo Folha que sempre se preocupou em seguir a lei, os regulamentos do setor e os valores internos da empresa. "A questão agora é implantar processos formais de controle que garantam o comportamento idôneo da empresa e de todos seus colaboradores", disse Mejía.

O EncontrosFolha é realizado três vezes ao ano. A primeira edição foi em junho de 2014 e debateu os desafios do Brasil para 2015. Nestes quase três anos, o evento procurou abordar temas que contribuam para o desenvolvimento do Paraná. "Temos conseguido não só discutir temas relevantes como obtido resultados específicos sobre estas discussões. É isso que faz o EncontrosFolha ser muito valorizado pela população em geral. Hoje, temos demandas especificas para ampliarmos para outras regiões no interior do Estado", afirmou o superintendente.

Ele enfatizou que as edições anteriores provocaram reflexões importantes. O EncontrosFolha não acaba junto com o evento, as propostas e discussões continuar sendo pautadas dentro dos distintos veículos do grupo, assim como muitas vezes essas discussões são incorporadas em diferentes entidades, conseguindo com isto um alcance muito significativo para o desenvolvimento da região. (Colaboraram Celso Felizardo e Vitor Lopes)