Brasília - A confiança dos industriais brasileiros voltou a cair no mês de dezembro, depois de uma leve alta em novembro na comparação com outubro. Conforme divulgado ontem pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), o Índice de Confiança do Empresário Industrial (Icei) registrou 54,3 pontos em dezembro. Em novembro, o indicador havia alcançado a marca de 54,5 pontos, ante 53,8 pontos em outubro. A média histórica do Icei é de 58,4 pontos.
A CNI destaca que, com recuo em relação a novembro, o Icei deste mês está 3,1 pontos abaixo do índice de dezembro de 2012 (57,4 pontos). Nesse estudo, os valores variam de zero a cem. Quando o indicador está acima de 50 significa empresários confiantes. Abaixo de 50 pontos, fatores negativos. "Após exibir alguma recuperação nos meses seguintes, o índice mantém-se próximo da estabilidade desde setembro", mostra a pesquisa da CNI. E, além disso, o indicador tem ficado próximo da linha dos 50 pontos, que divide o terreno das percepções otimistas da área das avaliações negativas.
O Icei leva em conta a avaliação das condições atuais da economia brasileira e da empresa, considerando o horizonte dos últimos seis meses; além de expectativas para os próximos seis meses também em relação à economia brasileira e à empresa. Isoladamente, em relação às condições atuais da economia, o Icei de dezembro marcou 46,8 pontos; ante 47,1 pontos no mês anterior. Sobre as expectativas para os próximos seis meses, o indicador deste mês marcou 58,0 pontos, ante 58,2 pontos em novembro.
Também há dados regionalizados no estudo. Nessa divisão, os mais otimistas são os industriais do Nordeste (58,1 pontos), seguidos pelos empresários do Norte (57,2 pontos). Em terceiro lugar ficou o Centro-Oeste (56,1 pontos) e em quarto, o Sul (52,6 pontos). Os menos otimistas são os industriais do Sudeste (51,1 pontos).
Por porte, há mais otimismo nas grandes indústrias (55,1 pontos). Em seguida estão as pequenas (53,9 pontos) e, no último lugar, as médias empresas industriais (53,0 pontos). Considerando os diversos setores de atividade, na indústria de transformação os mais otimistas estão na área de alimentos (58,6 pontos). Os mais pessimistas são os empresários da área de produtos diversos (48,0 pontos). Para a elaboração do Icei deste mês, a CNI coletou dados entre os dias 2 e 13 de dezembro. Foram consultadas 2.573 empresas, das quais 954 de pequeno porte, 983 médias e 636 grandes empresas.