Se for necessário realizar ações na lavoura para proteger o café durante o inverno, os produtores devem estar preparados financeiramente. A estimativa da Secretaria Estadual de Agricultura (Seab) é que o cafeicultor gaste, em média, R$ 930 por hectare para fazer o "enterrio" e "desenterrio" das mudas com até seis meses.
Já o "chegamento" e retirada de terra nas plantas com idade entre seis meses e um ano custa em torno de R$ 430 por hectare. É um valor baixo em relação ao patrimônio protegido, considerando que a implantação da lavoura cafeeira custa em torno de R$ 12 mil por hectare.
Nesta safra, a área de produção está estimada em 34,3 mil hectares, queda de 67% frente aos 65,1 mil hectares do período passado. A produção, mesmo sendo considerada de ciclo alto, reduziu 67% e deve fechar em 32,5 mil toneladas. A colheita até agora no Estado é de 9% e a comercialização é de 3%. Os números são do Departamento de Economia Rural (Deral), da Seab.
Já a situação dos preços não é ruim. Em abril, a saca do café arábica beneficiado fechou em R$ 381,77, alta de 87% frente aos R$ 203,07 da comercialização em novembro de 2013. No Paraná, de acordo com o Deral, o custo de produção da saca do café beneficiado gira em torno de R$ 350. (V.L.)