Os consumidores londrinenses não estão informados ou não prestam atenção à discriminação de impostos na nota fiscal. Na saída de lojas do centro da Cidade, a reportagem da FOLHA encontrou apenas um cliente que sabia da necessidade dos lojistas em informar a carga tributária dos produtos que vendem, mas ele não havia prestado atenção no cupom que tinha em mãos.
A auxiliar de escritório Luana Siqueira afirma que nunca prestou atenção na nota. "Até acho importante a lei, mas não sabia dela", conta. A estudante Gabriele Monteiro também estava desinformada. "Não peguei a nota fiscal, mas a próxima vou pegar para ver."
Para o cabeleireiro Vinícius Bittencourt, o brasileiro paga imposto demais e será bom ser informado sobre o tema. "Vai tudo para o governo, que não devolve para a população em médicos, hospitais e em salário de professores", diz. A dona de casa Maria Aparecida Martins também ficou surpresa com a novidade. "É bom para ficarmos sabendo para onde vai o dinheiro da gente, porque quando chegamos no hospital, temos de chorar para sermos atendidos. E temos os professores em greve, mas eles deveria ser bem remunerados."
O jornalista Waldimir Coutinho Mendes diz que já prestou atenção em outras oportunidades, mas que perdeu o interesse. Ele também criticou a forma como o dinheiro é aplicado. "Sempre terá o lado político da aplicação das verbas, porque depende de quem está no comando e da relação com essa pessoa", cita.

Lojistas atentos
Proprietário do Descontão, Yussef Zebian diz que adequou o sistema de notas da loja há mais de um ano. "Foi simples e não oi tão caro, porque tudo já estava informatizado", conta. Para o dono do Bazar Ajimura, Tadamasa Ajimura, entretanto, tudo foi resolvido pelo contador com um cartaz, colado ao caixa do estabelecimento. "Mas nenhum cliente me pergunta sobre isso e eu também não falo nada." (F.G.)